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Professor afastado novamente por denúncia de assédio contra aluna de 13 anos

Caso reacende debate sobre falhas na apuração de processos anteriores e segurança dentro das escolas municipais

Redação
Por: Redação
19/09/2025 às 10h10 Atualizada em 19/09/2025 às 10h19
Professor afastado novamente por denúncia de assédio contra aluna de 13 anos
Foto: Redação/ Portal Parazão Tem de Tudo

Um professor da rede municipal de Ananindeua voltou a ser afastado das funções após ser denunciado por assediar uma aluna de apenas 13 anos. O caso ocorreu na Escola Municipal Benedito Maia e trouxe à tona um histórico preocupante: em 2023, o mesmo educador já havia sido acusado de conduta semelhante, mas conseguiu retornar às salas de aula após o arquivamento do processo administrativo.

De acordo com relatos, o professor tentou beijar a estudante e a segurou pela cintura dentro da escola, em episódio que teria sido presenciado por colegas da vítima. Pais denunciaram que o comportamento do servidor já vinha levantando suspeitas, com comentários e atitudes consideradas inapropriadas.

Diante da nova denúncia, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) determinou o afastamento imediato e instaurou uma sindicância para apurar o caso. A Polícia Civil também acompanha a investigação.

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O detalhe que revolta a comunidade é a repetição da denúncia. Em 2023, outro episódio semelhante foi registrado contra o mesmo professor, também envolvendo uma aluna de 13 anos. Na época, ele chegou a ser afastado, mas o processo foi arquivado e o educador reassumiu o cargo em agosto deste ano. Agora, menos de dois meses depois, surge uma nova acusação.

Pais, alunos e moradores de Ananindeua cobram mais transparência nas decisões da Prefeitura e da Semed. A principal pergunta é: quais critérios levaram ao arquivamento do caso anterior, mesmo diante da gravidade da acusação?

Para muitos, a reincidência aponta falhas graves na proteção dos estudantes. Além disso, há preocupação com o apoio psicológico e a segurança da vítima, que continua vulnerável enquanto o caso não é concluído.

A Prefeitura de Ananindeua divulgou nota afirmando que mantém “tolerância zero” em casos de assédio e garantiu que todas as providências legais estão sendo tomadas. O caso segue em apuração e, segundo a gestão, medidas serão anunciadas após a conclusão da sindicância.

Enquanto isso, o clima na escola é de desconfiança e revolta. Pais já articulam reuniões e movimentos para pressionar as autoridades por mais rigor e transparência nos processos disciplinares que envolvem servidores da educação.

Mais do que a responsabilização individual do professor, o caso abre um debate maior: até que ponto as falhas nos mecanismos de investigação dentro das secretarias de educação permitem a reincidência de episódios tão graves?

Em um momento em que a sociedade exige proteção e acolhimento às vítimas, Ananindeua se vê diante de um escândalo que expõe vulnerabilidades na rede municipal de ensino — e coloca em xeque a confiança das famílias na segurança das escolas públicas.

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