
O Portal Parazão Tem de Tudo apurou informações divulgadas pelo Diário do Pará e outros veículos que reacenderam uma polêmica em torno do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB). Segundo essas publicações, o gestor teria utilizado o jatinho Cessna Citation Jet PS-FGK — registrado em nome da Agropecuária JD Ltda., empresa ligada à sua família — para viajar até Lima (Peru) a fim de assistir à final da Copa Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, no último sábado (29).
A aeronave em questão não é apenas uma peça de luxo: ela integra a lista de bens bloqueados judicialmente no âmbito da Operação Hades, investigação conduzida pelo Ministério Público do Pará que apura suspeitas de enriquecimento ilícito e movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada.
Uma das reportagens aponta que o avião teria decolado de Belém, realizado escalas em Itaituba e Rio Branco, antes de seguir para Lima. Entretanto, os principais serviços internacionais de rastreamento aéreo — FlightAware e Flightradar24 — não exibem qualquer registro recente do PS-FGK.
A ausência de informações não é acidental: as plataformas indicam que o jato possui rastreamento restrito a pedido do proprietário, o que impede o acesso público aos dados de rota, horários e movimentações recentes. Assim, não é possível confirmar oficialmente o itinerário mencionado nas denúncias.
Documentos vinculados à Operação Hades colocam o PS-FGK entre os bens que teriam sido adquiridos no período investigado e, por isso, submetidos a bloqueio judicial. A ordem contempla veículos terrestres, imóveis, embarcações e outras aeronaves ligadas a empresas e pessoas próximas ao prefeito.
Até o momento, não há posicionamento oficial de Daniel Santos sobre o suposto uso do jatinho após o bloqueio. Também não existe documento público que confirme ou desminta a eventual viagem internacional para acompanhar a decisão da Libertadores.
Com o avanço das apurações, cresce a expectativa por um pronunciamento oficial do gestor ou por novos desdobramentos da investigação.