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O livro é resultado do curso de Especialização em Cultura Material e Arqueologia
A Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM) realizou o lançamento do livro “Memórias, histórias e arqueologia na Vila de Santa Cruz”, que é resultado das pesquisas feitas no âmbito do curso de Especialização em Cultura Material e Arqueologia da Universidade de Passo Fundo (UPF) em parceria com a FCCM, entre 2022 e 2024, no sítio arqueológico da Vila de Santa Cruz, município de São Geraldo do Araguaia. O lançamento ocorreu na própria vila, em outubro.
O livro possui treze capítulos escritos por vintes autores e que reúnem pesquisas científicas, vivências de campo e história oral, englobando histórias e memórias contadas pela população local, educação patrimonial, a formação da Terra Preta de Índio e vestígios arqueológicos na vila, e análises de cerâmica, fitólitos (micropartículas) e camadas geoarqueológicas.
A FCCM realiza pesquisas em arqueologia na região da Serra das Andorinhas desde a década de 1980, contribuindo atualmente, como parte do conselho, para a gestão do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas e da Área de Proteção Ambiental (APA) Araguaia, localizada na Vila Santa Cruz. O projeto de sítio escola proporcionado pela especialização representou a retomada das pesquisas da FCCM nesta região.
“Organizado pelo arqueólogo Dr. Klaus Hilbert, coordenador do projeto, o livro é o resultado de um trabalho colaborativo, que além dos membros do grupo de pesquisa derivado da especialização contou com a participação de pesquisadores da Unifesspa e membros da comunidade. Com isso, a obra costura um mosaico de saberes que vão da Geologia e Arqueologia da Serra das Andorinhas às lembranças das famílias ribeirinhas”, explica Ramon Cabral, coordenador do Departamento de Educação Patrimonial da FCCM.
A FCCM é uma das poucas instituições do estado que coleta e mantém artefatos arqueológicos, tornando-se um repositório importante para as pesquisas da área na região. Exemplares do livro foram distribuídos a moradores da comunidade presentes durante o evento.
“A Casa da Cultura tem uma reserva técnica de arqueologia, que é responsável pela guarda de grande parte dos artefatos arqueológicos coletados aqui na nossa região. Além de guardar o material coletado pelos seus próprios pesquisadores, também fornece o que se chama de endosso institucional. É uma instituição de guarda e recebe artefatos arqueológicos derivados de pesquisas realizadas por outras instituições aqui na região”, reitera Ramon Cabral.
Texto: Ronaldo Palheta / Divulgação FCCM
Fotos: Divulgação FCCM
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