Um levantamento recente, feito pelo jornalista Igor Soares, aponta sérias suspeitas sobre o uso de uma possível "milícia digital", contratada para atacar Dr. Rener (PRD), candidato à prefeitura de Redenção. Segundo dados apurados e análise de vídeos, é perceptível a atuação de profissionais. Os conteúdos têm alta qualidade e montagens por especialistas, além do uso de inteligência artificial. As peças de desinformação e manipulação (deepfake) estão sendo amplamente compartilhadas nas redes sociais com o objetivo de difamar o candidato.
Esses conteúdos, classificados como falsos pelo comitê de campanha de Dr. Rener, têm sido distribuídos por influenciadores locais e figuras de apoio político, que supostamente apoiam, direta ou indiretamente, candidatos concorrentes. As publicações, segundo a análise, distorcem informações e criam falsas narrativas sobre a atuação do candidato, o que pode afetar diretamente a campanha eleitoral e a percepção dos eleitores.
A desinformação não é novidade em campanhas eleitorais no Brasil. Em 2020, a Polícia Civil do Pará realizou uma operação contra a produção profissional de fake news, apreendendo mais de R$ 90 mil e cumprindo mandados de busca e apreensão contra marqueteiros, radialistas e empresas envolvidas na propagação de conteúdos falsos. Esse tipo de operação reforça a preocupação com a disseminação de notícias fraudulentas nas eleições, especialmente com o uso crescente de tecnologias como a inteligência artificial.
Além disso, a Justiça Eleitoral tem adotado uma postura rígida em relação à disseminação de fake news. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que os responsáveis por divulgar informações falsas, com ou sem o uso de IA, serão responsabilizados.
No Dia Internacional da Checagem de Fatos, 2 de abril, o TSE reiterou seu compromisso em garantir que o eleitor tenha acesso a informações verdadeiras e que a Justiça Eleitoral atue para coibir práticas de desinformação durante o processo eleitoral.
O levantamento assinado pelo jornalista Igor Soares destaca a gravidade do fenômeno, afirmando que esses ataques não só prejudicam a imagem pública do candidato, mas também representam uma ameaça ao processo democrático. Soares sugere que as autoridades competentes, como o Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal, realizem uma investigação para apurar a origem e o financiamento desse possível esquema.
A situação levanta preocupações sobre o impacto da desinformação e do uso indevido de tecnologias avançadas nas eleições municipais, reforçando a necessidade de uma resposta rápida e rigorosa por parte das autoridades para garantir um pleito justo e transparente.
Mín. 25° Máx. 40°