O ex-deputado federal Wladimir Costa foi condenado a 12 anos de prisão pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) por difamação majorada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra mulher. Todos os crimes são relacionados à deputada federal Renilce Nicodemos (MDB).
A condenação foi confirmada pelo advogado de Wladimir, Humberto Boulhosa, nesta terça-feira (11). O ex-deputado foi preso em abril deste ano pela Polícia Federal (PF). Segundo a corporação, ele teria cometido violência política ao fazer postagens ofensivas e expor a vida privada de Renilce em uma rede social.
A decisão da Justiça ainda apontou que o acusado deve pagar multa de um salário mínimo por dia durante 124 dias, o que totaliza R$ 175.088 por diversas penalidades.
Wladimir foi preso preventivamente no dia 18 de abril. Uma semana depois, em 25 de abril, a Justiça Eleitoral do Pará aceitou o pedido de habeas corpus para a liberação de Wladimir. Menos de um mês depois, no dia 14 de maio, o ex-político retornou para a prisão, após o Tribunal Regional Eleitoral do Pará suspender o pedido de habeas corpus. Desde então, Wladimir, que teve o pedido de liberdade negado, está preso.
Humberto Boulhosa afirmou que o cliente é inocente e que a defesa irá recorrer, pois considera a pena muito elevada.
Por lei, quando a pena passa de oito anos, a prisão só pode ser cumprida em regime fechado. Assim, o ex-deputado federal segue no sistema prisional do Pará, onde está preso desde maio.
Na época da primeira prisão, em abril, a deputada Renilce Nicodemos (MDB) se pronunciou sobre o caso e afirmou, em nota, que "já vinha enfrentando, há cerca de seis meseS, várias práticas de crime cometidas pelo ex-deputado".
O Tribunal Regional Eleitoral do Pará também ordenou a retirada das postagens consideradas ofensivas, que foram a base para o mandado de prisão.
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