Peritos encontraram 27 celulares no barco que estava à deriva com corpos no litoral do nordeste do Pará. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (18) pela Polícia Federal (PF).
Os aparelhos coletados em Belém foram encaminhados, de acordo com a corporação, para exames periciais no Instituto Nacional de Criminalística em Brasília (DF).
As possíveis informações extraídas dos celulares, dos chips e cartões de memória, em conjunto com ações de cooperação internacional, serão utilizadas para trazer indicativos sobre a identidade dos ocupantes da embarcação.
Também em Belém, segundo a corporação, os agentes federais e a Polícia Científica do Pará realizaram os exames dos oito corpos retirados do barco e do nono, encontrado próximo, a partir dos protocolos internacionais de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI).
De acordo com a PF, os exames envolveram mais de 30 pessoas em trabalho multidisciplinar e seguiram a sequência:
Sepultamento e identificação dos corpos
A PF afirmou que os nove corpos serão temporariamente sepultados em Belém, até que as identidades sejam estabelecidas e as famílias das vítimas possam ser formalmente comunicadas, por meio dos devidos canais de cooperação policial e jurídica internacionais.
Os dados colhidos, como informaram os agentes, foram enviados para continuar o processo de identificação em Brasília (DF), pelo Instituto Nacional de Criminalística e Instituto Nacional de Identificação da PF, com apoio da Interpol e organismos internacionais.
Não foi possível estimar o prazo para identificação dos nove corpos, porque, segundo a corporação, não existem dados técnicos estruturados acerca dos milhares de desaparecidos, vindos de países africanos, durante migrações.
Documentos encontrados na embarcação apontam que a possível origem das vítimas era Mali e Mauritânia, países do oeste da África. A suspeita é que ao menos 25 pessoas estavam no barco, já que, além de 27 celulares, 25 capas de chuva foram encontradas no transporte.
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