Nesta Sexta-feira da Paixão, 29, a Polícia Federal do Pará prendeu o jovem André Ribeiro Ataíde, de 23 anos de idade, apontado como responsável por realizar provas do ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio) no lugar de outros dois rapazes para o curso de medicina da UEPA, em Marabá. André teria falsificado a assinatura ao assinar as provas do Enem.
A prisão por volta de 13 horas, em Belém, para onde o jovem teria viajado na semana passada, já pressentindo que seria preso. André seria o mentor do esquema para burlar o ENEM, mas não foi preso por esse motivo. Segundo a Reportagem apurou junto a fontes da PF, com o andamento das investigações, foram identificadas provas de vários crimes, sendo que algumas delas estavam no celular do acusado.
A Reportagem entrou em contato com a defesa de André, que enviou a seguinte nota: “A defesa de André argumenta que a prisão é medida extremamente gravosa, haja vista que o estudante André, desde o primeiro momento das investigações, tem contribuído com a autoridade policial. De imediato irá solicitar a revogação da prisão do seu cliente.”
André era estudante de medicina da Universidade do Estado Pará (UEPA) no campus de Marabá, e estava no quinto período do curso. Ele tem bom histórico escolar de notas, mas na última semana a Justiça Federal determinou a suspensão da matrícula de Eliésio Athaíde e de Moisés Assunção, beneficiados com as provas que teriam sido feitas por André Athaíde.
Segundo o delegado da Polícia Federal Ezequias Martins, “há informações de que ele teria recebido algo em torno de R$ 150 mil” para a fraude. Além de ser investigado pela suspeita de realizar provas do Enem no lugar de outras duas pessoas em 2022 e 2023, a PF também apura se André poderia ter cometido a mesma fraude em outros vestibulares ou concursos.
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