24°C 37°C
Parauapebas, PA
Publicidade

Consumo nos Lares Brasileiros encerra o semestre com alta de 2,20%

Para enfrentar a inflação, o consumidor fez compras mais planejadas

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
11/08/2022 às 13h35
Consumo nos Lares Brasileiros encerra o semestre com alta de 2,20%
© Valter Campanato/Agência Brasil

O índice do Consumo nos Lares Brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), encerrou o primeiro semestre com alta de 2,20%. Na comparação de junho ante maio, o indicador apresentou alta de 0,10%. Em relação a junho de 2021, a alta é de 6,03%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Abras, no primeiro semestre o consumidor optou por produtos de marca própria do supermercado, com preço de 20% a 30% mais baixo, trocou embalagens por aquelas que apresentavam maior economia ou melhor valor agregado e encontrou variedade de marcas nas gôndolas para compor sua cesta de consumo.

“A intensificação de ofertas nos supermercados e ampla variedades de marcas somadas aos recursos extras injetados na economia e a queda na taxa de desemprego impulsionaram o Consumo nos Lares Brasileiro no primeiro semestre”, avalia a Abras.

Continua após a publicidade
Anúncio

Para enfrentar a alta da inflação dos alimentos, o consumidor fez compras mais planejadas, trocou marcas e buscou mais promoções, e o varejo intensificou as negociações comerciais com os fornecedores, ampliou o número de marcas e fez mais promoções nas lojas, disse a Abras.

“Com renda mais restrita, o consumidor não pode errar e, por isso, ele tem mais resistência a trocar de marca. Porém, o produto de marca própria tem alta qualidade, preço competitivo e ajuda a compor a cesta de abastecimento”, explica o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

Segundo ele, o pagamento do pacote de benefícios aprovados pelo Congresso Nacional deve aumentar o consumo nos lares nos próximos meses, com cerca de 50% a 60% dos valores liberados pelo governo sendo destinados à cesta de consumo.

De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) sofreu com o impacto da invasão da Ucrânia, clima adverso e altos custos de produção e transporte, e acumulou alta de 10,41%. Com isso, o preço médio da cesta nacional chegou a R$ 773,44 em junho. As altas mais expressivas no semestre foram puxadas por batata (55,81%), cebola (48,13%), leite longa vida (41,77%), feijão (40,97%) e queijo muçarela (36,10%).

Previsão

Com a melhora no índice de inflação, o aumento do emprego formal e dos recursos que começaram a ser injetados na economia nesta semana com o pagamento dos auxílios do pacote de benefícios aprovados pelo congresso nacional, a Abras revisou as projeções do Consumo nos Lares Brasileiros.

“Esse dinheiro vai movimentar o consumo nos lares, então, o crescimento em ritmo moderado do primeiro semestre deve ficar para trás. Daqui para frente, o consumo tende a ser mais intenso e estável porque cresceu o número de famílias, aumentou o valor do benefício e novos auxílios foram criados para outras categorias profissionais: caminhoneiros e taxistas”, avalia o vice-presidente da Abras.

Segundo a entidade, neste ano, o setor supermercadista que, previa crescimento de 2,80% no consumo nos lares, acredita em uma alta entre 3% e 3,30%. “Olhando para frente, o comércio tem ao menos três importantes datas para impulsionar as promoções e incentivar consumo nos lares: a Black-Friday, a Copa do Mundo e as festas de fim de ano”, disse Milan.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
AGRO Há 2 semanas

Canaã se prepara para o 1º Torneio Leiteiro durante a Expo Canaã 2025

Produtores rurais vão disputar premiação de até R$ 8 mil em evento que valoriza a produção leiteira local

MINERAÇÃO Há 2 semanas

Mineração Paragominas consolida metodologia inovadora e sustentável para destinação de rejeitos

Tailings Dry Backfill consiste em secar o rejeito e transportá-lo de volta para as cavas de onde a bauxita foi extraída, evitando a construção de áreas de armazenamento permanente

Avanço Há 6 meses

Prefeitura de Parauapebas e Vale fecham o cerco pra alinhar parceria que promete mudar o jogo no município

Protocolo de intenções prevê investimentos pesados em infraestrutura, educação e qualidade de vida nos próximos anos

Reprodução
MINERAÇÃO Há 7 meses

Vale vai construir no Pará a maior fábrica de cimento sustentável do mundo, usando rejeitos de mineração e energia renovável

Parceria com a Circlua e thyssenkrupp promete revolucionar a indústria cimenteira com tecnologia que reduz emissões de CO2 e utiliza resíduos da mineração

Helder Barbalho x Gustavo Pimenta
R$ 70 bilhões Há 7 meses

Vale promete R$ 70 bi no Pará até 2030, mas ferrovia Norte-Sul continua no papel: será que o desenvolvimento da região é prioridade?

Governador Helder Barbalho cobra cumprimento de promessas da Vale durante visita de Lula a Carajás, enquanto empresa diz que projeto de ferrovia Açailândia-MA/Vila do Conde-PA ainda “está em estudo”. Até quando o Norte do Brasil vai esperar por infraestrutura que pode transformar sua economia?