Os eventos de negócios e grandes festas na região continuam sendo o principal fator da recuperação da rede hoteleira na Região Metropolitana de Campinas (RMC). A alta demanda desses negócios pós retomada puxou a taxa de ocupação dos hotéis da região para 56,59% em junho. O índice foi bem superior quando comparado ao mesmo mês de junho de 2019 (48,89%), antes da pandemia. Os dados são da pesquisa mensal realizada pelo Campinas e Região Convention & Visitors Bureau (CRC&VB) junto aos estabelecimentos de sua área de atuação.
A queda, considerada pequena, é vista como normal dentro do setor hoteleiro para o mês de junho, quando há uma queda no volume de eventos, especialmente corporativos e de negócios. Esse comportamento geralmente se estende até julho, com as férias escolares, e volta a se recuperar a partir de setembro.
Na avaliação do CRC&VB, a recuperação da hotelaria, medida pela taxa de ocupação dos quartos, se mantém em alta desde o segundo semestre de 2021. "Nos meses de junho e julho, com as férias escolares, os eventos diminuem, uma vez que a procura maior por parte das pessoas é pelo turismo de lazer, que representa menos de 20% para os hotéis da RMC", explica Vanderlei Costa, presidente do Campinas Convention Bureau.
Apesar do recuo na taxa de junho, ele lembra que a demanda por espaços para eventos corporativos ainda está forte, consequência do represamento de dois anos. "O último levantamento divulgado pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) Contínua de Turismo 2020/21 reforça esta percepção", explica ele. "Nestes dois anos da pesquisa, o Estado de São Paulo já havia sido o destino mais buscado pelos viajantes brasileiros, com uma em cada cinco viagens (20,6%), movimentando R$ 1,8 bilhão em gastos. E estes números deverão ser ainda melhores neste ano", completa Costa.
No tocante ao valor médio da diária, o levantamento do CRC&VB apontou uma tarifa média de R$ 262,13 em junho último.
Costa lembra que o setor de hotelaria movimenta mais de 50 segmentos na região, como eventos, bares, restaurantes, transportes, segurança, dentre outros, que empregam mais de 40 mil pessoas.