A empresa multinacional Brasil Platina Group Metals (BPGM) segue operações de sondagem para retirada de amostras do solo no município de Curionópolis, no Pará. A previsão é de um investimento de mais de US$ 15 milhões em 2022. Explorações tiveram início em março deste ano.
Com a sondagem, a Platina Group visa implantar um projeto de extração e beneficiamento de metais tais como platina, ródio e paládio. O paládio, em especial, é predominante na região e é fundamental para a construção de conversores catalíticos em motores a diesel.
Conforme destacou a companhia, no caso da extração de platina, a implantação da mina pode caracterizar a primeira fora de países como Rússia e África do Sul
Além disso, a Platina Group ressaltou que a área de implantação do projeto também tem potencial para exploração de ouro e níquel.
“Projetos de mineração como esse são de vital importância para essa região de Carajás e para Curionópolis, principalmente pela geração de empregos que, na fase de implantação, será de 4 mil postos, e depois, na fase operacional, chegará a 2 mil. Então, sem dúvida, o projeto será benéfico para o Pará e sua economia”, afirmou o secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo.
Já Luís Maurício Azevedo, presidente do Conselho de Administração e um dos fundadores da BPGM, destacou que a presença do governo do Estado no lançamento das operações é muito importante Isso porque mostra que o Estado consegue ver a importância e o valor de projetos como esse.
”O nosso projeto cria diversificação, coloca o Brasil no cenário mundial dos carros elétricos, ajuda a colocar o país no seleto grupo dos países que têm minas de paládio. Portanto, estamos buscando parcerias, ao mesmo tempo em que trabalhamos na área social e de meio ambiente. Sem dúvida, a presença do Estado aqui reforça a relevância do projeto”, informou.
Por fim, a diretora de Geologia, Mineração e Transformação Mineral da Sedeme, Poliana Gualberto. ressaltou que projeto polimineral é muito importante para o conhecimento geológico da região de Carajás. Afinal, colabora com a compreensão da geologia da região e gera benefícios para a indústria.
“Para o Estado do Pará, o projeto é ainda mais importante porque poderá atrair outras empresas para beneficiar e fazer a verticalização aqui, considerando que nós temos um arcabouço mineral e já verticalizado com a produção de cabos de cobre e alumínio, liga metálica, ferro e níquel, por exemplo. A partir disso, abrimos um leque de oportunidade de diversificação da produção mineral para atender não só a indústria daqui, mas a de fora também”, explicou.
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