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Casa da Linguagem recebe Projeto Circular, com Fórum que discute patrimônio, clima e sustentabilidade

A programação conta ainda com palco na Praça do Carmo, na noite de sexta-feira, 31, e uma ação infantil, no dia 1º de novembro, na Praça da República

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Pará
29/10/2025 às 13h34
Casa da Linguagem recebe Projeto Circular, com Fórum que discute patrimônio, clima e sustentabilidade
Foto: Divulgação

Depois de três edições que ajudaram a apontar caminhos para Belém na busca por uma relação mais sustentável para o desenvolvimento da cidade, o Fórum Circular está de volta. Nos próximos dias 30 e 31 de outubro, a Casa da Linguagem recebe a edição 2025 do 4º Fórum Circular – Patrimônio, Sustentabilidade e Clima, trazendo a pauta das mudanças climáticas para o centro do debate. O Fórum é realizado pela Associação Circular, com patrocínio master da Lojas Renner S.A., e apoio da UFPA – Fórum Landi, ICA - e do Governo do Estado, por meio da Fundação Cultural do Pará - Casa da Linguagem.

Além das conversas e da feira criativa na Casa da Linguagem, o Fórum se estende até a Praça do Carmo, onde o Projeto receberá a DJ Jack Sainha e a Roda de Lambada com o Lambada Social Club. No dia 1º, ainda sob o clima do Fórum, o Circular também realiza uma edição especial do Circuitinho, na Praça da República. Com uma programação aberta ao público em geral, o evento surge como continuidade e aprofundamento das discussões sobre a relação entre cidade, patrimônio e sustentabilidade, focando especialmente no Centro Histórico de Belém.

Ao longo da programação serão discutidas formas de gestão e preservação do patrimônio urbano com a participação de representantes de instituições de pesquisa, órgãos governamentais, empresários e atores comunitários que vivem e pensam a cidade sob diferentes óticas. Assim como em suas edições anteriores, o Fórum resultará em um documento público que será apresentado à sociedade e autoridades.

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Para a jornalista Adelaide Oliveira, membro da Equipe Gestora do Circular e coordenadora do 4º Fórum, os debates ganham ainda mais importância às vésperas da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

“O Fórum Circular sempre aprofundou as discussões sobre os problemas e os desafios do Centro Histórico de Belém. Não à toa, o Fórum sempre teve a palavra sustentabilidade no nome. Este ano, ela continua, mas a gente inclui a palavra clima. É um ano emblemático para a cidade e para o mundo inteiro, em que se aprofundam as discussões sobre as mudanças climáticas. E a gente precisava que o Fórum também abraçasse essa discussão que é tão importante. A gente fala do impacto nas cidades e, consequentemente, também sobre Centro Histórico e Patrimônio”, detalha Oliveira.

O problema central que conecta a programação de abertura e as sete mesas de debates do Fórum é a necessidade de compatibilizar o uso e apropriação do Centro Histórico de Belém com estratégias sustentáveis e inclusivas, que considerem impactos climáticos sobre o território e as práticas culturais. Isto tudo considerando questões como a degradação do patrimônio edificado e a gentrificação, assim como a falta de um planejamento urbano que considere tanto as demandas econômicas quanto sociais e ambientais.

As mesas trazem temáticas importantes para pensar a cidade, como o patrimônio como território e resistência, a partir da ação das periferias; as possibilidades que vêm sendo apontadas pela sociedade civil e empreendedores de Belém rumo a uma cultura de sustentabilidade e diversidade; o impacto das mudanças climáticas sobre as cidades amazônicas e ações contra violação de direitos; além do papel das iniciativas culturais frente à questão climática.

A edição ainda inclui um olhar para o cinema amazônico como ferramenta de imaginação política e ação cultural diante da crise climática. A programação traz uma mostra de filmes, com curadoria e mediação da jornalista e documentarista Luciana Medeiros, que será seguida de conversas com convidados ligados à produção dos filmes, como “Boiuna”, curta-metragem de Adriana de Faria, coproduzido pela Marahu Filmes, “Tuire Kaiapó – O gesto do Facão”, do Coletivo Beture, e “Cozinhando no Calor de Belém Antes da Chuva”, de Auda Piani, sobre o protagonismo de mulheres que preservam saberes culinários ancestrais em Belém e nas ilhas de Caratateua, Combu e Cotijuba. A mostra encerra com Histórias da Campina, de Larissa Ribeiro, diretora convidada da produção do Circular, premiada com edital da LPG Belém.

Ao ceder a Casa da Linguagem como sede do Fórum, a FCP reforça ativamente seu papel como catalisadora da cultura e do debate público, disponibilizando um equipamento cultural de destaque para fomentar discussões críticas e a elaboração de proposições que visam a valorização e a requalificação do Centro Histórico, demonstrando um compromisso fundamental com a conscientização e a busca por soluções para os desafios urbanos e ambientais que afetam diretamente a sociedade paraense.

Serviço:

Fórum Circular – Patrimônio, Sustentabilidade e Clima

Local: Casa da Linguagem - Campina (Av. Nazaré, 31)

Datas: 30 e 31 de Outubro e 1º de novembro

Confira a programação completa em https://projetocircular.org/

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