A capital paraense se transformou em um cenário de inovação amazônico, na noite da última sexta-feira (26): oHackathon DIBB. Realizado pela Prefeitura de Belém, em parceria com o Projeto DIBB (Distrito de Inovação de Bioeconomia de Belém), o encontro reuniu no primeiro diacerca de 150 jovens empreendedores, estudantes e profissionais de diversas áreasnoElephant Coworking, localizado na Av. Gov. José Malcher, para uma maratona de criatividade, tecnologia e impacto social.
Ao longo de três dias de programação intensa, os participantes se debruçam sobre dois grandes desafios:bioeconomia e cidades inteligentes. A proposta é transformar ideias em protótipos viáveis que possam gerar soluções concretas e sustentáveis para a Amazônia.
A programação começou na sexta-feira com a apresentação dos desafios e passou pela execução e mentoria dos projetos no sábado (27) e se encerra no domingo (28),com a apresentação dos projetos para uma banca especializada e a premiação das propostas mais inovadoras.
O evento é parte da estratégia do Projeto DIBB,iniciativa que visa transformar o centro histórico da cidade em um polo de inovaçãovoltado à sustentabilidade e ao desenvolvimento amazônico. O projeto é coordenado pelo professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e diretor de Inovação do DIBB, Antônio Abelem, que destacou a importância de aliar tecnologia, saberes tradicionais e soluções urbanas em um único espaço.
“O Distrito de Inovação de Bioeconomia de Belém é uma iniciativa que procura aglutinar saberes tradicionais, ciência, tecnologia dentro do contexto amazônico. É por isso que a gente chama Distrito de Inovação de Bioeconomia de Belém, é para ter aquele DNA amazônico para resolver as questões, tratar bem a floresta e estabelecer essa relação do urbano com a floresta”, explicou Abelem.
O DIBB tem como sede um prédio histórico localizado na esquina da Rua 15 de Novembro com a Praça das Mercês, onde funcionava a antiga Secretaria Municipal de Finanças (Sefin).A proposta é que o prédio seja revitalizado e se torne um ponto de partida para a requalificação do centro histórico de Belém e o fortalecimento da economia verde.
“A obra do prédio é financiada pela Itaipu Binacional, com o apoio do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), e está sendo conduzida pela Prefeitura de Belém. A ideia é que até a COP 30, pelo menos o primeiro andar esteja pronto para receber eventos. A sede será um espaço para pensar soluções inovadoras, sem abrir mão dos saberes tradicionais e com atenção especial à população que ocupa aquele território”, acrescentou.
O Hackathon é uma das ações do DIBB para engajar a juventude na inovação com propósito. Os participantes participam de mentorias técnicas, oficinas e rodadas de checkpoint, além de engajarem nonetworking. Eles são também desafiados a criar soluções inovadoras com apoio de especialistas e uma curadoria de problemas reais da região.
“Esses três dias são voltados para estimular os mais jovens a pensar em soluções inovadoras. Eles vão receber os problemas, trabalhar com apoio de mentores e ao final apresentar suas ideias para uma banca. As melhores serão premiadas e podem até ser encaminhadas para futuros editais do DIBB que apoiam financeiramente o desenvolvimento de negócios com impacto positivo”, explicou Antônio Abelem.
O evento conta com financiamento da Itaipu Binacional, que premiará os dois melhores projetos com R$ 10 mil, além de brindes e reconhecimento público. A banca avaliadora contará com representantes do DIBB, da Prefeitura e de parceiros institucionais.
Mais do que uma competição tecnológica, o Hackathon DIBB representa um chamado à ação para jovens da Amazônia, promovendo o protagonismo local na criação de soluções para os desafios sociais e ambientais da região.
Lucas Nobre, de 24 anos, é analista de Tecnologia da Informação e vê no Hackathon uma oportunidade de fortalecer o setor de tecnologia na região:
“A minha expectativa para esse evento é conseguir construir, junto à minha equipe, uma solução que traga e fortaleça a área de tecnologia na região norte do Pará, na região norte do Brasil. E eu espero também que com isso mais empresas possam trazer investimentos para a área, e que seja mostrado que também se fazem grandes profissionais de tecnologia e de inovação no Pará”, afirmou Lucas.
Já Lívia Kailany, de 22 anos, estudante de Biomedicina, participou para conhecer melhor a proposta do DIB e contribuir com os debates:
“Eu estou com uma expectativa bem grande de fazer essa troca de ideias. São três dias de puro debate, conhecer informações relevantes, pensamentos relevantes e que vão contribuir bastante para o desenvolvimento”, destacou.