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Pescadores de Maracanã podem tirar identidade (RG) em escritório da Emater

Objetivo da parceria com a Polícia Civil é facilitar documentação para a zona rural

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Pará
09/09/2025 às 12h06
Pescadores de Maracanã podem tirar identidade (RG) em escritório da Emater
Foto: Divulgação

Desde segunda-feira (8) e por tempo indeterminado, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), no bairro Centro de Maracanã, na região Guamá, está de portas abertas para que moradores da zona rural solicitem a segunda via da carteira da identidade, o chamado “RG” (registro geral).

A parceria com a Polícia Civil (PC) garante a emissão do documento, no dia seguinte, ao comparecimento. A intenção da parceria institucional é facilitar a atualização de documentos sobretudo de pescadores. Alguns moram cerca de 90 km distante da sede do município. São caminhos entremeados pelo rio Maracanã e seus braços e pelas vicinais das rodovias federais BRs-127, 395 e 430.

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De acordo com os especialistas da Emater, a estimativa de atendimento é de cerca de 500 cidadãos até o fim do ano. Com RG inválido, por questões como foto sem nitidez ou deterioração do papel, os pescadores ficam impedidos de acessar benefícios sociais e direitos da categoria, como seguro-defeso.

A programação multi-institucional do Governo do Pará também prevê mutirão itinerante in loco nas comunidades, uma vez por mês. “Para o ‘agricultor familiar’, conceito que, em termos de políticas públicas, inclui o pescador, o envolvimento da Emater é um simplificador enorme, ainda mais na perspectiva de que tudo precisa estar nos conformes na oficialidade, para que a gente intermedeie, por exemplo, projetos de crédito rural", enfatizou o chefe do escritório local da Emater em Maracanã, o técnico em agropecuária Djavan Ulisses Farias.

"Acabamos poupando essas famílias de múltiplos deslocamentos, o que implica custo e hora perdida. Fora os idosos, as pessoas com mobilidade reduzida no geral, para quem é muito mais sacrificante sair do campo até a cidade”, complementou Djavan Farias.

A pescadora Cláudia Monteiro, de 53 anos, da vila ribeirinha Aricuru, procurou o serviço nesta terça-feira (9). “Meu último RG é de 2019, mas eu mudei bastante e não pareço a mesma pessoa da fotografia, o que faz com que o banco recuse (abertura de conta, financiamentos). Achei ótimo poder vir direto na Emater - que já atende todo mundo da Aricuru para pesca artesanal -, e resolver o problema, porque a gente não precisa ficar pingando de um lugar para outro para resolver: faz tudo junto”, conta.

Atendida de forma regular pela Emater, o cotidiano de Cláudia Monteiro é de pesca de espécies como arraia e bagre no rio Maracanã, de canoa ou na ponte, com rede ou “rabadela”, esse um instrumento de linha e anzol.

Texto de Aline Miranda

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