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Araras adaptadas reforçam biodiversidade no Bosque Rodrigues Alves

Nesta quinta-feira, 22 de maio, quando se celebra oDia Internacional da Biodiversidade, o Bosque Rodrigues Alves – Jardim Zoobotânico da Amazônia s...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Belém
22/05/2025 às 17h33
Araras adaptadas reforçam biodiversidade no Bosque Rodrigues Alves
Foto: Jader Paes

Nesta quinta-feira, 22 de maio, quando se celebra oDia Internacional da Biodiversidade, o Bosque Rodrigues Alves – Jardim Zoobotânico da Amazônia se destaca como exemplo depreservação ambiental em pleno centro urbano de Belém.A data ganha um significado ainda mais especial com a chegada recente de duas novas integrantes da fauna do bosque:uma arara-canindé (Ara ararauna) e uma arara-macau (Ara macao), aves que passaram por um processo cuidadoso de adaptação antes de serem inseridas no ambiente.

Resgatadas pelo Batalhão de Polícia Ambiental, no município de Terra Alta, nordeste paraense, as aves chegaram ao Bosque em março deste ano . Segundo o biólogo do Bosque Rodrigues Alves, Tavison Guimarães, o procedimento de inserção das araras foi conduzido com rigor técnico e respeito ao bem-estar animal.

“Primeiramente, esses animais passaram por um período de adaptação; todos os exames foram feitos, de sangue e fezes, para ver se não tinham parasitas ou se estavam com algum tipo de alteração na saúde”, explicou o biólogo.

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O biólogo Tavison Guimarães - Crédito: Jader Paes
O biólogo Tavison Guimarães - Crédito: Jader Paes

Após os exames e um primeiro período de adaptação, asaves começaram a ser gradualmente introduzidas ao parque em meados de abril.“Depois desse processo, eles vieram para um local específico onde a gente cuida deles e ficou observando durante um mês para que pudessem se adaptar ao novo ambiente. Depois começamos a introduzir eles no parque para os visitantes terem acesso”, detalhou Tavison.

Segundo ele, aadaptação foi feita de forma progressiva e acompanhada de perto pela equipe técnica. “No início essa adaptação é bem lenta. Nesse período, tem alguns animais que querem fugir, então a gente ficava monitorando eles durante o dia, colocava eles de manhã cedo e no final da tarde recolhia para o recinto. Foram duas semanas nesse processo até começarmos a deixar eles durante a noite pelo parque”, contou.

Araras foram resgatadas em Terra=Alta - Crédito: Jader Paes
Araras foram resgatadas em Terra=Alta - Crédito: Jader Paes

O biólogo destaca que o comportamento das araras foi positivo e indicativo de uma adaptação bem-sucedida. “Elas não tentaram fuga em nenhum momento, não apresentaram nenhum tipo de comportamento anormal, como mutilação ou estresse. Aqui, elas têm toda a assistência de profissionais da área — biólogos e veterinários — que dão suporte para que possam se sentir cada vez mais ambientados aos espaços em que estão”.

Além das araras recém-chegadas, o Bosque  abriga cerca de230 animais cativos, sendo a maioria quelônios — com 35 jabutis e 180 cágados —, além de outras espécies que compõem a diversidade faunística do espaço.

Administrado pela Prefeitura de Belém por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Semmac), o Bosque Rodrigues Alves representa um espaço essencial para a educação ambiental, lazer e preservação da biodiversidade. Com15 hectares de área total, o bosque é um dos principais cartões-postais de Belém, localizado na movimentada avenida Almirante Barroso. Mais do que um ponto turístico, é um verdadeiro fragmento da floresta amazônica preservada dentro da cidade, onde mais de 10 mil árvores, distribuídas em mais de 300 espécies, formam um ecossistema singular.

Bosque Rodrigues Alves: um pedaço da Amazônia no meio de Belém - Crédito: Jader Paes
Bosque Rodrigues Alves: um pedaço da Amazônia no meio de Belém - Crédito: Jader Paes
O Bosque é um dos locais preferidos para passeios - Crédito: Jader Paes
O Bosque é um dos locais preferidos para passeios - Crédito: Jader Paes

Desses 15 hectares, mais de 80% são áreas verdes, enquanto os outros 20% correspondem aos caminhos e espaços destinados à circulação de visitantes. Em média, o local recebe20 mil pessoas por mês, que têm a oportunidade de vivenciar a biodiversidade amazônica sem sair da capital paraense.

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