A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade (SEGBEL), realizou uma reunião emCotijubacom representantes da cooperativa de barqueiros que operam a travessia entre a ilha e o distrito de Icoaraci, além de moradores da comunidade. O objetivo foidiscutir ajustes operacionais na travessia fluvial, especialmente após a implantação do Geladão Fluvial , embarcação pública que passou a atender a linha em horários fixos.
Durante o encontro, foi definido que,a partir desta quarta-feira (21), o Geladão Fluvial deixará de operar no horário do meio-dia em dias úteis.Esse turno será assumido exclusivamente pela cooperativa de barqueiros locais. A decisão busca equilibrar a oferta de transporte, mantendo os postos de trabalho dos barqueiros e garantindo a sustentabilidade do serviço.
Para compensar a alteração, aPrefeitura determinou que os estudantes da ilha pagarão R$ 2,30— valor equivalente à meia passagem urbana — e osestudantes oriundos de Belém pagarão R$ 5, metade da tarifa convencional da travessia oferecida pela cooperativa. “O lado bom é queteremos vários barqueiros prestando o serviço, mas com um preço acessível para nós, estudantes, que precisamos nos deslocar todos os dias para Belém. Antes, o custo era muito alto sem esse benefício”, avaliou Jorge Luiz, universitário e morador de Cotijuba.
Já oGeladão Fluvial no horário do meio-dia será mantido aos finais de semana, feriados e no período de férias escolares, quando a ilha recebe maior fluxo de visitantes. “O Geladão veio para atrair mais pessoas, principalmente turistas, e isso beneficia a economia local. Por isso, foi uma decisão acertada mantê-lo nesses dias em que Cotijuba é mais procurada”, comemorou Isabel Mendes, moradora da ilha.
Entre as medidas anunciadas, está também asubstituição de uma das lanchas Geladão Fluvial por um ferry boat, com capacidade para 700 passageiros, equipado com ar-condicionado e estrutura para transporte de cargas.A nova embarcação começará a operar dentro de 15 dias, atendendo à demanda dos moradores por uma opção que possibilite o abastecimento da ilha com alimentos, mercadorias e insumos.
A SEGBEL destacou que odiálogo com a comunidade permanece abertoe que novas medidas poderão ser implementadas, conforme as necessidades da população local. “O que queremos é incentivar a economia da ilha e promover uma mobilidade justa, acessível e integrada, que beneficie a todos”, concluiu Luciano de Oliveira.