O encerramento do Giro Cultural em Marabá foi marcado neste sábado, 17, por um verdadeiro espetáculo de tradição popular. Em frente ao Museu Municipal Francisco Coelho, na Marabá Pioneira, mais de 20 grupos de Divino Espírito Santo e Folia de Reis se apresentaram, reunindo música, fé e cultura em uma celebração que emocionou os devotos. O evento terminou com uma grande procissão ao redor da praça, acompanhada por bandas da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), a organizadora do evento que integrou a 23ª Semana Nacional dos Museus.
“Essa é uma manifestação que faz parte da história de Marabá e que precisa ser preservada. A festa do Divino acontece há mais de 150 anos e tem um valor cultural imenso. Nesta semana, tivemos documentário, roda de conversa, apresentações do Boi Marabazinho e agora esse grande encontro dos grupos tradicionais. É uma festa da memória e da identidade marabaense”, afirmou Thais Cariello, presidente da FCCM.
Segundo Maria Luiza Dias Kluck, presidente da Associação dos Grupos do Divino Espírito Santo, participaram da celebração 21 grupos, sendo 18 de Marabá e 3 de Itupiranga. “Esse encontro representa a força das nossas raízes. Estamos muito felizes com a receptividade e a visibilidade que a cultura popular tem ganhado aqui. É um momento de fé, união e resistência cultural”, destacou.
Entre os grupos, estava o Divino da Vila Espírito Santo que levou 59 pessoas para a celebração. Para a imperadora do Divino, Míriam Rodrigues de Andrade, esse é “um momento muito especial para nossa comunidade. A gente luta para manter viva essa tradição, que é passada de geração em geração. É uma alegria imensa ver esse reconhecimento e poder compartilhar nossa fé com outras pessoas”.
Tradição que atravessa gerações
Dona Maria Ivanilde, de 76 anos, é uma das representantes mais antigas da tradição do Divino. Ela participa das festividades desde os sete anos. “O Divino é tudo na minha vida. Desde criança, ele está presente. Fui batizada com a coroa do Divino, ele é meu padrinho. Participar disso aqui me emociona muito, é como se eu revivesse toda minha história. Sem isso, eu não sou ninguém”, disse.
Ao final das apresentações, os grupos se reuniram para a tradicional procissão ao redor da praça. Diferente de anos anteriores, este ano a organização as bandas da FCCM seguiram cantos e toques característicos na hora da caminhada. As bandeiras, símbolos da fé no Divino Espírito Santo foram erguidas com orgulho pelos participantes.
Texto: Osvaldo Henriques
Fotos: Sara Lopes e FCCM
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