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A programação do aniversário de 112 anos de Marabá contou com um grande diferencial esse ano: acessibilidade ampliada. Com isso, os espaços e equipamentos empregados para levar tudo o que acontecia na programação às pessoas com deficiência foram amplamente utilizados.
Os shows em frente ao Ginásio da Folha 16 tiveram acesso com rampas e uma área específica para as pessoas com deficiência. Outra atividade de acessibilidade foi a interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O espaço foi projetado próximo ao palco, em parceria com a Unidade Nacional de Acessibilidade- UNA Park, projeto que está em Marabá desde março e que leva atividades para pessoas com deficiência, explica Thaís Mendes, coordenadora de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação de Marabá (Semed).
“Projetamos um espaço que estivesse acessível, com profissionais, que pudemos assistir, um show totalmente interpretado em Libras. Os banheiros foram adaptados, pensados para pessoas com deficiência física, como sensorial. Foi pensado com muito carinho e só demonstra a responsabilidade que essa gestão tem com a pessoa com deficiência. Fiquei bastante feliz porque a gente pode compreender a responsabilidade de inserir as pessoas com deficiência também nesse momento que é histórico para Marabá”, afirma a coordenadora.
Nos dois dias de shows, foram cerca de 45 pessoas que utilizaram o espaço entre pessoas com deficiência e acompanhantes, englobando um público de crianças a idosos.
Michelly Matoso, coordenadora do Centro de Atendimento Especializado à Surdez (CAES), foi uma das intérpretes dos shows na noite gospel e do café da manhã na Orla Encontro dos Rios. Para ela, o trabalho dos intérpretes de Libras além de garantir acessibilidade, também deu visibilidade à comunidade surda de Marabá.
“Então, as pessoas puderam ver a importância, trazendo também valorização dessa comunidade em nosso meio. Ver a alegria dos surdos, sinalizando junto com a gente, com toda a emoção e a gente via o sorriso no espaço PCD, a alegria deles de estar ali. Quando a gente desceu lá do palco, todos os surdos falaram que gostaram demais, que amaram, como foi importante esse momento. Além do espaço que trazia segurança e bem-estar para eles”, avalia.
Texto: Ronaldo Palheta
Fotos: Sara Lopes
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