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Cumaru do Norte é a cidade com a maior taxa de morte violenta da Amazônia Legal, aponta Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Além de Cumaru, o Pará tem outros 18 municípios entre os 50 mais violentos da Amazônia.

Redação
Por: Redação Fonte: G1
11/12/2024 às 10h52
Cumaru do Norte é a cidade com a maior taxa de morte violenta da Amazônia Legal, aponta Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Cumaru do Norte é o município mais violento do Pará e de toda a Amazônia Legal com uma taxa de 141,3 mortes a cada 100 mil habitantes, aponta estudo divulgado nesta quarta-feira (11), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Entre 2022 e 2023, a cidade teve crescimento de 25% na taxa de violência letal, em contraste com a redução de 14,9% observada entre 2023 e 2021. O g1 solicitou um posicionamento à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e aguarda retorno.

Segundo o Fórum, o Pará tem quatro dos cinco municípios mais violentos da Amazônia Legal (Cumaru do Norte, Abel Figueiredo, Mocajuba e Novo Progresso).

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Segundo dados da 3ª edição do estudo “Cartografia das Violências na Amazônia”, do FBSP, o garimpo e conflitos fundiários na cidade são os principais responsáveis pela violência da região.

Na última sexta-feira (6), uma mulher identificada como Kamila de Jesus Oliveira foi morta com um tiro na cabeça na área conhecida como "garimpo do Santino", em Cumaru do Norte.

Município mais violento do Pará
Cumaru do Norte tem 14.036 habitantes, segundo o Censo 2022, e fica localizado no sudeste do Pará, a 993 km de Belém.

Uma das particularidades geográficas do município é o fato de 12% da Terra Indígena Kayapó, com mais de quatro mil indígenas, ficar localizada dentro da cidade.

Fundado em 1991, o município nasceu em torno de um garimpo de ouro, atraindo trabalhadores que se fixaram na região. Atualmente, o garimpo é o principal "motor" econômico da cidade, que conta até com uma pista de pouso.

Os conflitos fundiários, especialmente entre garimpeiros e indígenas da TI Kayapó, marcam as dinâmicas violentas do município. A extração de madeira também exerce pressão sobre a TI na disputa pelo recurso natural.

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