A Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac), através dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), abre novas inscrições para os grupos dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), , a partir desta quinta-feira, 11. Nestes grupos são desenvolvidas atividades de esporte, lazer, arte, cultura, artesanato, pintura, além das oficinas de geração de renda. A iniciativa faz parte do Plano de Acolhimento Integral à Família (PAIF) e busca fortalecer os vínculos sociais de pessoas que tiveram direitos violados, além de prevenir situações de risco social. Atualmente, há 940 usuários ativos no serviço. A meta para este ano é de 1.200 usuários.
“O serviço de convivência é voltado àquela criança, adolescente, idoso, ou até mesmo a mulher, que estão fora desse convívio familiar devido a uma série de situações, seja o trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes ou até mesmo a falta de socialização devido à opressão, bullying, etc. Dessa forma, o serviço vai trabalhar o fortalecimento de vínculo desses usuários, para que eles se tornem capazes de retornar para o convívio social, superando aquele trauma”, explica o Diretor Técnico da Seaspac, Luís Silva.
Para participar é preciso estar cadastrado no CadÚnico, apresentar RG e CPF da pessoa participante ou do responsável familiar. O cadastro no CadÚnico pode ser feito nos próprios CRAS. Atualmente, Marabá dispõe de quatro Centros de Referência, localizados nos seguintes endereços:
“Quando a família chega ao Centro de Referência para atendimento, a equipe irá verificar, por meio de um estudo, se ela está no perfil para o acompanhamento. Dessa forma, a gente encaminha os integrantes que precisam participar desse serviço, para atendê-los através da composição familiar, na participação desses grupos”, reitera o Diretor Técnico.
Os grupos de convivência são divididos de acordo com a faixa etária (crianças, adolescentes, gestantes, idosos) e desenvolvem as atividades dentro dos próprios CRAS, por meio de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, onde são desenvolvidas atividades de acordo com cada grupo.
“Muitas vezes percebemos que há crianças com evasão escolar, então a gente trabalha em parceria com as escolas e com o Conselho Tutelar, para que essa criança ou adolescente volte a estudar. Hoje, nosso maior público são as crianças e adolescentes, os quais muitas vezes deixam de participar do serviço de convivência e isso se torna um dos nossos maiores desafios. Por isso a gente conta com a ajuda das famílias, para que elas estejam sempre em parceria com a gente”, aborda Kelvia Ellen, Pedagoga, do CRAS da Folha 13, Nova Marabá.
Os atendimentos dos grupos organizam-se por dias e horários. Nas segundas e quartas, as crianças são atendidas, já nas terças e quintas é a vez dos adolescentes.
Adriel Moraes atua como facilitador de atividades esportivas e recreação. Ele percebe que o projeto é porta de entrada para um futuro melhor.
“Às vezes, essas pessoas têm vocação para determinada área, mas não há o apoio adequado, e por isso o CRAS entra com os facilitadores. Algumas têm aptidões para o esporte, outras já têm aptidões para outras atividades, como artesanato, áreas administrativas, etc. Estando no projeto do serviço de convivência, além de distrair a mente e serem acolhidas, têm a oportunidade de participar dos vários cursos disponibilizados como assistente administrativo, informática, dentre outros. Eu acho importante isso porque elas têm uma visão de futuro”, destaca o profissional.
Segundo a Coordenadora do CRAS Bela Vista, Maíra Almeida, o Serviço de Convivência ofertado nos Centros de Referência facilita a relação entre as famílias cobertas da área e os Centros.
“Através do serviço de convivência, nós temos um conhecimento melhor de cada família, como as violações dos direitos, as dificuldades, etc. Dessa forma, podemos oferecer uma assistência mais completa às famílias, com visitas, palestras, encontros e oficinas. Para isso a gente conta com várias parcerias, como o Departamento de Emprego em Renda, principalmente com as mulheres, que muitas vezes não têm esposo nem renda, mas precisam sustentar três ou quatro filhos. Com as oficinas e cursos, ela já vai ter um direcionamento para o mercado de trabalho”, explana.
Texto: Sávio Calvo
Fotos: Sara Lopes
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