
Fundado em junho de 1987 pelo médico Alípio Bordalo, o Museu da Santa Casa de Misericórdia do Pará é um dos espaços do prédio secular do hospital que passou por uma reestruturação para atender melhor sua funcionalidade, como espaço para a exposição de peças consideradas históricas para a instituição e para a medicina na Amazônia.
Com capacidade para receber 64 pessoas, o Museu Alípio Bordalo permanece no mesmo local no qual foi instalado há mais de três décadas: um espaço do prédio histórico, na área do corredor centenário, no qual funcionou a antiga farmácia da Santa Casa. Segundo Marcelo Frota, engenheiro da Fundação Santa Casa, foram 116 metros quadrados de área restaurada, com investimento de R$ 1.325.730,63. “A obra contemplou a troca da cobertura, restauro do forro com troca das peças todas em madeira de lei, recuperando o desenho original. Troca das instalações elétricas. Recuperação das esquadrias. As paredes foram tratadas com reconstrução dos frisos. Piso em ladrilho hidráulico restaurado, onde procuramos manter as ações do tempo nas peças”, explicou.
“Vale ressaltar que o Museu segue uma proposta de exposição, “A Santa Casa de Misericórdia do Pará e a evolução da Medicina”, buscando representar o fato através do acervo reunido por décadas, com mais de 600 peças. Como instituição, é um dos alicerces da prática médica no Estado do Pará, levando em consideração o seu serviço de excelência no passado e nos dias atuais”, destaca Marcelo.
Erica Cavalcante, diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Fundação Santa Casa, considera a reestruturação do museu como um projeto que permite manter viva a história da instituição como referência para a educação, pesquisa, estudos históricos e científicos. “A história da medicina do Pará se mistura com a história da Santa Casa, em seus mais de 300 anos de existência”, pontuou.
“Reabrir nosso Museu, em um espaço totalmente renovado e acessível, mas mantendo as características históricas, é proporcionar para a atual geração, e para as próximas, a oportunidade de conhecer a nossa história dentro da saúde e do ensino em saúde do nosso Estado. É a continuidade do legado deixado pelo idealizador e fundador do nosso Museu, Dr. Alípio Bordalo, que se faz presente na trilha aqui apresentada, junto a grandes mestres como a Dra. Betina Ferro e importantes mantenedores e gestores que fazem parte da história da Santa Casa”, concluiu a diretora.