
Em uma noite de celebração, aromas amazônicos e copos erguidos com orgulho, o Mercado de São Brás — novo ponto de encontro dos belenenses —foi palco, nesta quarta-feira (22), daformatura de mais uma turma do programa Learning for Life, iniciativa global da Diageo, empresa multinacional britânica de bebidas alcoólicas com mais de 20 anos de história, que capacita profissionais em hospitalidade e coquetelaria. A edição paraense, realizada em parceria com o projeto Amazônia no Copo, coroou o esforço de mais de 150 de alunos que encontraram na coquetelaria um novo caminho de vida — e na Amazônia, a principal inspiração para brindar o futuro.
Com o apoio da Prefeitura de Belém, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a ação integra a estratégia da capital paraense de preparar a cidade para a COP 30 , conferência climática da ONU que, em novembro, trará os olhos do mundo à Amazônia.
“Mais de 150 bartenders estão sendo formados aqui. E o mais bonito é ver que isso não acontece apenas no centro de Belém, mas também em Outeiro, Icoaraci, Cotijuba e no Combu”, destacou o secretário executivo da COP 30 da Prefeitura de Belém, André Godinho. “Essa descentralização mostra o olhar sensível e estratégico da gestão do prefeito Igor: unir o poder público e a iniciativa privada num mesmo propósito: construir uma cidade melhor, com oportunidades reais e orgulho das nossas raízes.”


A cerimônia foi marcada por aplausos, risadas e, claro, muitos brindes. Cada drink servido contava uma história de superação, de aprendizado e da força da floresta. Nos copos, cupuaçu, jambu, taperebá e cacau ganhavam novos significados, transformando-se em símbolos de identidade e inovação.


Para a representante da Diageo, Luísa Siemann, o projeto Amazônia no Copo é muito mais do que uma capacitação profissional: é umconvite para o mundo provar a Amazônia em sua essência.
“Hoje a gente celebra um marco lindo desse projeto. O Amazônia no Copo nasceu do desejo de desenvolver a coquetelaria paraense e preparar o setor de hospitalidade para receber o mundo durante a COP 30. Queremos mostrar nossa gastronomia, nossa cultura e a riqueza do Norte por meio de um serviço impecável”, explicou Luísa.
“Mas mais do que formar profissionais, o programa dá oportunidade para quem está buscando um recomeço — pessoas em situação de vulnerabilidade, jovens que querem o primeiro emprego, e que agora têm uma profissão nas mãos”, completou.


Entre os formandos, Andrey Fagundes, de 33 anos, morador de Icoaraci, não conteve a emoção ao receber o certificado.
“Eu vim para um teste de trabalho e acabei ficando para o curso. Foi tudo de surpresa! Não sabia que ia participar do evento, mas estou saindo daqui com um certificado, novos amigos e um monte de aprendizado. É incrível ver como a vida muda quando a gente se abre para oportunidades”, contou, sorrindo.
Já Ângela Negrão, de 44 anos, turismóloga e moradora do Reduto, viu na formação uma ponte entre sua paixão pela gastronomia e seu desejo de transformação social.
“Meu objetivo é levar esse conhecimento pra periferia. Lá tem muito talento escondido, muita gente que só precisa de uma chance. A COP 30 está chegando e eu sinto que é uma porta se abrindo pra muitos de nós. Estou aproveitando essa oportunidade para multiplicar o que aprendi”, disse, emocionada.
Ao encerrar o evento, André Godinho resumiu o espírito da noite: “Belém está fervilhando cultura. O mundo virá nos visitar, e queremos que cada drink servido conte um pouco da nossa história — da Amazônia que acolhe, que ensina e que brinda o futuro com esperança.”
E assim, entre aplausos, risadas, os novos bartenders brindaram não só a conquista de um certificado, mas o início de uma nova jornada — a de representar, com talento e sabor, a Amazônia que inspira o mundo.
