Neste sábado (4), a Prefeitura de Belém deu início a umciclo de fiscalização e orientação em restaurantes da Ilha do Combu,com foco principal no combate ao descarte irregular de resíduos e efluentes sanitários (esgoto) nos rios. A operação foi coordenada pela Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (SEZEL), e contou com a participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) e da Guarda Municipal de Belém (GMB), além do apoio logístico do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFLu), da SEGUP.
A SEZEL planeja manter a frequência das fiscalizações comoperações mensaispara garantir que os estabelecimentos se adequem e regularizem seus sistemas de tratamento de esgoto, água, e armazenamento de lixo.A iniciativa visa proteger os recursos hídricos e a biodiversidade da ilha,um dos principais pontos turísticos de Belém.
Nostrês restaurantes visitados inicialmente,a equipe de fiscalização encontrou irregularidades como a falta de tratamento de água e esgoto adequado, com ausência de fossas apropriadas e até o descarte direto de água de piscina com cloro nos rios.
Os estabelecimentos foram imediatamente orientados a procurar a sede da SEZEL, paraprestar esclarecimentos e iniciar o processo de regularização do esgotamento sanitário.Um dos locais também foi notificado por não ter o sistema de abastecimento e tratamento de água adequado.
Embora a separação de resíduos como latas e vidros estivesse correta nos locais, com funcionários vendendo parte dos materiais e até realizando compostagem em um dos casos,foram encontradas áreas de descarte irregular de lixo(plástico, restos de móveis, sapatos) embaixo e atrás dos restaurantes. Além disso, alguns containers de armazenamento não estavam localizados em espaços apropriados, permanecendo espalhados.
A SEMMA também atuounotificando os restaurantes pela falta de documentos das condicionantes ambientaise pela necessidade de apresentar a licença de operação e funcionamento. Um dos estabelecimentos foi notificado erecebeu o prazo de cinco diaspara apresentar a licença da Vigilância Sanitária e outros documentos.
O trabalho da equipe de Educação Ambiental também foi fundamental.Os servidores reforçaram a importância de manter a correta separação dos resíduose a necessidade de conscientização para evitar o acúmulo de resíduo irregular e o descarte de efluentes nos rios.
O educador ambiental Wladmir Varela enfatizou que a mudança de hábito é o fator mais importante para o sucesso da operação.“Não basta multar, é preciso transformar a mentalidade.O trabalho de educação ambiental é a chave. Orientamos sobre os riscos do descarte incorreto e mostramos como a correta separação e destinação do lixo beneficia a comunidade e o próprio negócio. Manter a ilha limpa é um trabalho conjunto”, concluiu.