A legalização de vendedores ambulantes trazsegurança jurídica para o trabalhador e contribui para a organização eharmonia do espaço urbano. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon) é o órgão da Prefeitura de Belém responsável pelo cadastramento dos vendedores ambulantes que desejam se tornar permissionários e legalização da atuação em feiras, praças e demais vias públicas da capital paraense.
Para iniciar o processo de regularização, o interessado deve comparecer à sede da Sedcon, localizada natravessa Nove de Janeiro, nº 1720, no bairro de São Brás. É necessário apresentar os seguintes documentos:
De posse dos documentos, o trabalhadorsolicita a abertura do processo, que tem taxa de custo no valor de R$ 102. Após isso, a Sedcon envia agentes de postura para vistoria técnica do local indicado e verificação se o ponto atende aos critérios exigidos pela legislação municipal.
Nem todos os pontos públicos têm autorização para comércio. A permissão dependerá de umaanálise técnica que avalia, por exemplo:
Tornar-se permissionário representa, acima de tudo, segurança jurídica. Quem trabalha de forma ilegal pode ser retirado, a qualquer momento, do local onde atua, perdendo a fonte de renda. Já os trabalhadores cadastrados têm odireito de permanecer nos pontos, desde que cumpram as normas municipais.
Desde o início da atual gestão até setembro deste ano, a Prefeitura de Belém járegularizou mais de mil vendedores ambulantesque antes atuavam de forma irregular.
Além da segurança, os permissionários contam commelhores condições de trabalho, acesso a crédito para investimento, e colaboram com aorganização e limpezada cidade, atuando de forma tranquila, consciente de que estão dentro da lei.
Quem respira aliviado por ter o espaço de trabalho garantido é o permissionário Márcio Silva Xavier, 57 anos. Há 24 anos ele comercializa brinquedos variados no Ver-o-Rio, mas a experiência no ramo já soma três décadas.
“Passei seis anos como vendedor informal, depois decidi legalizar o meu negócio na Prefeitura Municipal de Belém”, relembra.
Para ele, o maior benefício de estar cadastrado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon) é a segurança de saber que o ponto está assegurado. “Mesmo que eu falte ao trabalho por algum motivo,nenhum outro vendedor pode ocuparo meu espaço”, destaca.
Além disso, Márcio considera a taxa anual que paga bastante justa. “Estou satisfeito em ser permissionário e sempre explico a todos os vendedores que conheço a importância de se legalizar”, reforça. Atualmente, ele atende o público de sexta-feira a domingo, das 16h às 22h, no Ver-o-Rio.
O processo é aberto a trabalhadores dediferentes ramos, como:
Para se manter como permissionário, o trabalhadornão pode ter vínculo empregatício formal(carteira assinada) e deve pagar uma taxa anual determinada conforme o tipo de equipamento e localização, conforme estabelece a legislação vigente.
A Lei nº 7.862/1997, que rege o comércio ambulante em Belém, impõe uma série de deveres aos permissionários, entre eles:
Também é necessário respeitar regras específicas, comonão ultrapassar o espaço permitido,não utilizar sompara atrair clientes enão obstruir a passagemde pedestres ou veículos.
A legislação também prevê proibições aos permissionários. Entre elas:
A formalização como permissionário da Prefeitura de Belém é mais do que um requisito legal: é uma oportunidade decrescimento, estabilidade e respeito à cidade e à população.
Os vendedores que escolhem atuar dentro da legalidade colaboram para um ambiente urbano maisjusto, limpo e organizadoe garantem para si mesmos o direito de trabalhar com tranquilidade e dignidade.