O Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT-Guamá) foi palco, nesta quinta-feira (2), da primeira edição da Caravana da Inovação, iniciativa promovida pelo governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Fundação Guamá.
A ação reuniu estudantes e empreendedores dos municípios de Bragança e Tucuruí, que participaram dos hackathons da Maratona de Inovação, realizados em setembro nas duas cidades. O objetivo foi aproximar os ecossistemas locais das oportunidades oferecidas pelo PCT-Guamá, fortalecendo conexões e ampliando a rede de parcerias no Estado.
A programação contou com visitas a laboratórios e empresas residentes do PCT-Guamá, como Inteceleri, S&L Engenharia, CVACBA, LASSE e CEAMAZON, além de momentos de integração entre os 75 participantes, organizados em grupos para explorar de perto os ambientes de inovação.
Para o secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica, Keynes Silva, o encontro reforça o papel da inovação como vetor de desenvolvimento regional. “O governo do Estado tem investido fortemente em iniciativas que descentralizam o acesso à ciência e à tecnologia. Ao trazer jovens e empreendedores de Bragança e Tucuruí para dentro do PCT-Guamá, estamos mostrando que o Pará inteiro pode sonhar e realizar projetos inovadores que impactem positivamente a sociedade”, destacou.
O coordenador do programa Startup Pará, Renato Cortez, ressaltou que a Caravana também é uma oportunidade de consolidar o trabalho realizado nos hackathons. “Essa experiência permite que os participantes enxerguem o potencial de seus projetos em contato com empresas de base tecnológica já consolidadas. É um passo essencial para transformar boas ideias em negócios viáveis e sustentáveis no ecossistema paraense de inovação”, afirmou.
O diretor-presidente da Fundação Guamá, João Weyl, frisou a relevância de receber os jovens empreendedores no PCT. “É uma honra para nós receber a Caravana da Inovação aqui no PCT-Guamá. O Parque não é apenas um espaço físico, mas um leque de conexões e oportunidades que podem apoiar a expansão de startups e impulsionar ideias inovadoras. Estar em contato com esse ambiente abre portas e amplia horizontes para quem está começando sua trajetória empreendedora”, disse.
A experiência também foi marcante para os participantes. O agente de desenvolvimento do Sebrae e coordenador da Sala do Empreendedor de Bragança, Adalberto Ribeiro, ressaltou o impacto da iniciativa no interior.
“Quando os alunos participaram do Hackathon em Bragança, já ficaram empolgados com a dinâmica e com todo o processo. Foi um choque positivo de conhecimento, porque tiveram contato com uma nova linguagem de mercado, de empreendedorismo e de inovação. Estar aqui agora só reforça tudo isso: eles estão motivados, orgulhosos e com vontade de participar de cada etapa. A importância de um evento como esse chegar até as cidades do interior é justamente essa: despertar o interesse, sensibilizar para a causa do empreendedorismo, da inovação e da tecnologia e, acima de tudo, inspirar a formação de futuros empreendedores”, destacou.
Wagner Rocha, aluno do Instituto Federal do Pará (IFPA) e integrante da equipe premiada no hackathon de Bragança com a solução ambiental “Aç(h)aí” - que conecta produtores, batedores e comerciantes interessados no reaproveitamento do caroço do açaí - também comentou a experiência. “É muito importante participar desse momento, conhecer a estrutura e colher essa experiência. Eu, junto com a minha equipe, estamos aproveitando ao máximo essa oportunidade. Em breve, voltaremos para Bragança levando todo esse aprendizado, que vai nos ajudar a transformar nosso aplicativo em realidade. Com o apoio do Startup Pará tenho certeza de que vamos alcançar o nosso objetivo”, disse.
Já a estudante de ciência da computação, Ayde Lauanda Barroso, de Tucuruí, reforçou a relevância da experiência para os jovens do interior. “Para nós, jovens do interior, estar aqui é uma oportunidade única de aprender, trocar experiências e perceber que a tecnologia não está distante. Ela pode, sim, transformar nossa região e gerar novas oportunidades de emprego e renda”, afirmou.
Texto: Carla Couto – Ascom Sectet