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Turismo de Base Comunitária reforça conservação em áreas protegidas do Estado

Atividade desenvolvida em áreas gerenciadas pelo Ideflor-Bio gera renda e preserva saberes e tradições locais

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Pará
27/09/2025 às 21h55
Turismo de Base Comunitária reforça conservação em áreas protegidas do Estado
Foto: João Vitor Santos (Ascom/Ideflor-Bio)

No Dia Mundial do Turismo e Dia Nacional do Turismólogo e dos Profissionais do Turismo - 27 de Setembro - o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) ressaltou a importância da atividade para a cadeia da bioeconomia, assim como a importância dos profissionais da área, que guardam conhecimentos sobre diversas regiões.

No Pará, o Instituto conta com servidores que são turismólogos e ajudam o órgão em visitas às unidades de conservação estaduais. Além disso, o Ideflor-Bio atua com apoio de comunidades no interior, que desenvolvem o Turismo de Base Comunitária em diferentes regiões do Pará.

Comunidades no interior desenvolvem o Turismo de Base Comunitária

Modos de vida e tradições - De acordo com o analista de Planejamento e Gestão em Turismo do Ideflor-Bio, Deoclécio Júnior, o Turismo de Base Comunitária beneficia os moradores de diversas formas, como no fortalecimento do modo de vida tradicional desses grupos.

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“O ecoturismo, quando desenvolvido de forma participativa, gera oportunidades de trabalho e renda, seja no transporte fluvial, hospedagem comunitária, alimentação ou como condutores locais, produção e comercialização de artesanatos, valorizando o conhecimento tradicional sobre a floresta e seus recursos. Assim, além do retorno financeiro, há o reconhecimento cultural das práticas cotidianas de ribeirinhos, pescadores e extrativistas, fortalecendo sua identidade e assegurando a permanência digna no território”, disse o analista.

A analista ambiental e turismóloga do Ideflor-Bio, Deiliany Oliveira, frisou que a atividade fortalece o incentivo ao uso dos recursos naturais de forma sustentável. “Como a comunidade depende da conservação para manter a atividade, ela se torna aliada direta na proteção da biodiversidade. Além disso, o contato do visitante com o ambiente de forma responsável gera consciência ambiental, estimulando práticas mais sustentáveis tanto para turistas quanto para moradores”, destacou.

Deiliany Oliveira disse ainda que é preciso capacitar os membros das comunidades para a realização das visitas às UCs estaduais onde há ecoturismo. “Esse treinamento envolve desde noções de atendimento, gestão e hospitalidade até aspectos ambientais e culturais. Além disso, a formação fortalece a autoestima, valoriza a identidade local e amplia as oportunidades de geração de renda de maneira sustentável”, informou.

Preservação -Além do turismo, a atividade reforça a conservação das unidades estaduais. Deoclécio Júnior enfatizou que a atividade também mobiliza a sociedade para a gestão participativa de áreas protegidas.

“Isso aproxima comunidades do Ideflor-Bio e dos mecanismos de governança das nossas unidades de conservação, potencializando e ampliando a legitimidade das políticas de conservação, com a melhoria da qualidade de vida das populações tradicionais que habitam o interior das áreas protegidas, por meio de geração de renda. Com isso, esse modelo gestão de turismo compartilhado e descentralizado se torna um aliado estratégico na proteção da biodiversidade, conciliando desenvolvimento local com a conservação da floresta amazônica nas unidades de conservação do Pará”, concluiu.

Texto: Sinval Farias, com a supervisão de Vinícius Leal - Ascom/Ideflor-Bio

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