Alunos da Escola Indígena Estadual Jathiati Parkatêjê, localizada na Terra Indígena “Mãe Maria”, no município de Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Pará, vivenciaram novas formas de aprendizagem, como o uso da robótica educacional como ferramenta para unir tecnologia, cultura e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as metas globais promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
As atividade fazem parte do ‘Projeto Krintuwakatêjê - Saberes que Conectam para Preservar e Inovar’ e incluem a construção de projetos com kits de robótica, desenvolvimento de jogos digitais e desafios relacionados à agricultura sustentável, preservação ambiental e redução das desigualdades. Além disso, o projeto valoriza a língua materna e os saberes tradicionais, fortalecendo o vínculo entre escola e comunidade.
A professora Célia França, do Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica (CISEB), iniciativa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) - que promove programas de imersão em tecnologia, inovação e sustentabilidade, com ênfase no aprendizado curricular e no desenvolvimento de novas habilidades, acompanhou de perto a interação dos alunos e ressaltou a emoção e importância do que ela considerou intercâmbio cultural.
“Participei, com alegria e o coração cheio de emoção, da I Mostra da Escola Indígena Jathiati Parkatêjê. Foi uma manhã inesquecível, marcada por muito aprendizado e pela força do conhecimento, construído coletivamente. A direção, os professores e, principalmente, nossos protagonistas — os estudantes — deram um verdadeiro espetáculo. Eles apresentaram protótipos que unem ciência, tradição e sustentabilidade. Cada iniciativa foi como um farol a jogar luz e permitir que o cidadão possa enxergar como a robótica permite o diálogo com os saberes ancestrais e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), formando jovens protagonistas que aprendem e ensinam ao mesmo tempo”, ressaltou a professora.
As atividades foram realizadas, na quarta-feira (17), e a proposta busca tornar I Mostra da Escola Indígena Jathiati Parkatêjê. Foi uma manhã inesquecível, marcada por m
Para o diretor de Inovação da Seduc, Rafael Herdy, acompanhar de perto o trabalho transformador que está sendo feito é gratificante. “O que vi aqui foi um verdadeiro espetáculo. Os alunos, verdadeiros protagonistas, demonstraram como a ciência, a tradição e a sustentabilidade podem caminhar juntas. Eles criaram protótipos que unem o melhor da tecnologia com a sabedoria ancestral".
"O que vimos na Escola Jathiati Parkatêjê é a prova de que a tecnologia, longe de apagar as raízes, pode ser uma ponte poderosa para fortalecer a cultura e os saberes ancestrais. A robótica se tornou uma ferramenta para dialogar com o passado, construir o presente e projetar um futuro sustentável para a comunidade”, ressaltou Rafael.
Durante a cobertura do evento, o dirigente regional de ensino, Magno Barros, destacou o papel da inovação no processo educacional. “É fundamental mostrar que a tecnologia pode ser uma ponte para conquistar o interesse do aluno e, ao mesmo tempo, fortalecer a cultura do povo indígena. A escola precisa dialogar com o futuro sem perder suas raízes”, afirmou.