O Governo do Pará, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), reafirmou nesta sexta-feira (19) seu compromisso com a bioeconomia e a inovação sustentável durante visita à fábrica da Seringô, no município de Castanhal. A iniciativa destacou o papel estratégico do Estado em apoiar empresas inovadoras que unem biodiversidade, geração de renda e tecnologia social.

A comitiva contou com a presença do secretário adjunto da Sedeme, Carlos Augusto de Paiva Ledo, e do diretor de Atração de Investimentos e Negócios da Codec, Manoel Ibiapina, que conheceram as instalações da fábrica e acompanharam de perto todas as etapas do processo produtivo. Durante a visita, também esteve presente o secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços de Castanhal (Semics), Eduardo Espinheiro Jr., que destacou a relevância da iniciativa para a economia local.

A Codec conheceu a Seringô durante a Caravana de Internacionalização em Castanhal. Em março deste ano, os empreendedores foram recebidos na sede da Companhia, em Belém, em um encontro que aproximou a indústria de instituições financeiras, com o objetivo de viabilizar linhas de crédito e incentivos fiscais para ampliar a produção. Nesse mesmo período, a Sedeme também iniciou articulações voltadas à facilitação de apoio e incentivos. Agora, a presença conjunta das duas instituições na fábrica representa mais um passo dessa trajetória, marcada pela construção de parcerias, diálogo constante e ações concretas de incentivo ao setor produtivo.

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Resultado do trabalho dos empreendedores Francisco Samonek, Zélia Damasceno e Lauro Samonek, a Seringô já é referência em inovação sustentável. A empresa fabrica tênis a partir de 70% de borracha amazônica e 30% de caroço de açaí, em um processo artesanal, limpo e sem geração de resíduos. Além disso, adota práticas ambientais de relevância, como captação de água da chuva, uso de energia solar e insumos orgânicos, do início ao fim da produção. Atualmente, são gerados 12 empregos diretos, e mais de 1.585 famílias extrativistas do Marajó são beneficiadas, em municípios como Portel, Melgaço e Anajás.

Para o diretor da Codec, Manoel Ibiapina, o trabalho da empresa é exemplo de política pública transformada em resultados concretos. “A Seringô mostra como é possível transformar resíduos da floresta em produtos inovadores, que geram emprego, renda e projetam o Pará como referência em sustentabilidade e modal industrial consciente.”

O secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, reforçou o impacto da iniciativa. “Conhecer de perto a produção da Seringô mostra o quanto o Pará tem capacidade de transformar sua biodiversidade em soluções inovadoras. Esse é um exemplo de como a bioeconomia pode gerar emprego, renda e ainda posicionar o Estado como referência nacional em sustentabilidade. O Governo está empenhado em apoiar iniciativas como esta, que unem tecnologia, identidade amazônica e desenvolvimento regional.”

Um dos fundadores da Seringô, Francisco Samonek, também ressaltou o papel estratégico da articulação com o Governo. “O incentivo fiscal e financeiro será fundamental para garantir a expansão da produção e valorizar ainda mais o trabalho dos seringueiros. A bioeconomia é o futuro da Amazônia, e o Governo do Pará tem um papel essencial nesse processo”, disse.

A iniciativa está alinhada a programas estratégicos como o Marajó Sustentável, que fortalece a agricultura familiar e a produção regional por meio do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Assim como as ações conduzidas pela Emater e pela Sedap, a visita à Seringô reafirma o compromisso do Governo do Pará em apoiar, incentivar e facilitar o desenvolvimento econômico sustentável, transformando a biodiversidade amazônica em inovação, emprego e oportunidades para as comunidades locais.

Mais do que reconhecer o potencial da bioeconomia, a presença da Codec e da Sedeme na fábrica simboliza o papel ativo das duas instituições na construção de parcerias, no diálogo com o setor produtivo e na busca de soluções que transformem a biodiversidade amazônica em inovação, emprego e oportunidades para as comunidades locais.