A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, promove entre os dias 16 e 18 de setembro, no auditório da Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA), em Belém, um simulado de mesa para avaliar a capacidade de resposta a emergências em saúde pública causadas por arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, em situações de grandes eventos.
O simulado de mesa é um treinamento realizado em ambiente controlado, como salas de reunião, para testar e aperfeiçoar planos de contingência voltados a crises e desastres. A iniciativa conta com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e do Ministério da Saúde, com foco na preparação dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba para situações como essas.
Segundo a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro, o exercício permitirá discutir cenários reais que podem surgir em eventos de massa. “Aqui serão trabalhadas situações que podem ocorrer, buscando soluções conjuntas e a elaboração de um documento que sirva de referência para os municípios no enfrentamento às arboviroses”, explicou.
Participam da atividade representantes do Laboratório Central do Estado (Lacen), Coordenação Estadual de Entomologia, Unidade de Controle de Vetores (UBV), Central Estadual de Regulação Hospitalar, Diretoria de Políticas de Atenção Integral à Saúde (DPAIS), Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e Assessoria de Comunicação (Ascom). A programação iniciou com a apresentação dos planos de ação municipais e, ao longo dos dias, são trabalhados diferentes cenários para análise, debate e construção de soluções.
Como funciona o simulado
Wildo Navegantes, consultor nacional da Coordenação de Emergências em Saúde Pública da OPAS e facilitador do exercício, explicou a dinâmica da atividade. “O simulado de mesa tem como estratégia estimular e testar os planos de contingência elaborados para as arboviroses, verificando se o Estado está alinhado com os municípios e com o Ministério da Saúde no controle dessas doenças”, destacou.
De acordo com o consultor, os cenários propostos são semifictícios, baseados em situações já vividas em outros locais ou no próprio Pará. Durante as discussões, os participantes recebem questões disparadoras em tempo controlado, de modo a testar as ferramentas já existentes. “Ao todo serão seis cenários: começamos com o mais simples e avançamos até o mais complexo. O objetivo é identificar pontos fortes e corrigir fragilidades, garantindo maior segurança em grandes eventos”, concluiu.