A Polícia Militar celebra um marco na segurança pública neste mês de setembro, após dois anos sem registro de crimes violentos contra instituições financeiras no território paraense. O avanço é resultado direto do trabalho estratégico e intensivo do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e demais instituições de Segurança Pública do Pará, que se destacam no combate a esse tipo de crime.
Historicamente, o Pará enfrentou diversas ocorrências de ataques a bancos e cooperativas de crédito, com ações que colocavam em risco a vida de civis e agentes públicos. Diante desse cenário, o Bope promoveu um processo de reestruturação tática, apresentando novas estratégias de enfrentamento e capacitando tropas para atuação mais eficiente.
Eficiência- Segundo o comandante do Bope, major PM Elton Rocha, a mudança de postura e o investimento do governo do Estado em treinamento foram fundamentais para os resultados. “A perseverança e a eficiência no campo de atuação trouxeram reflexos claros nas estatísticas estaduais, o que nos mostrou que estamos no caminho certo”, ressaltou.
A atuação do Bope foi pautada em duas linhas principais: preparação e ação em campo. Na preparação foram promovidas instruções e treinamentos a diversas tropas subordinadas ao Comando-Geral da Polícia Militar do Pará, além de ações educativas voltadas à sociedade civil. Já na atuação em campo, as operações contaram com a participação integrada de todas as especialidades do Bope.
Grupamentos especializados
- Grupo de Patrulhamento em Ambiente Rural (GPAR) - responsável pela busca e captura de criminosos em áreas de difícil acesso. São policiais que enfrentam criminosos que, antes, atuavam contra a população em frente a agências bancárias;
- Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) - atua em áreas urbanas, desenvolvendo operações táticas e de apoio ao alto comando em ações de alta complexidade em campo;
- Esquadrão Contra Bombas (ECB) - especializado na varredura, neutralização e recolhimento de artefatos explosivos, além da preservação de evidências para a Polícia Científica, e
- Atirador Policial de Precisão (APP) - conhecidos como “snipers”, esses agentes operam em qualquer tipo de terreno, garantindo segurança e neutralização de ameaças com precisão cirúrgica.
Evolução- Apesar da marca histórica, o Bope reforça que o trabalho não para. A tropa continua em constante evolução, com estudos e treinamentos voltados ao aperfeiçoamento de táticas, tecnologias e armamentos.
“Nosso objetivo é manter a paz social no Estado. Não se trata apenas de combater o crime, mas de prevenir e garantir que ele não volte a acontecer”, destacou o comandante-geral da Polícia Militar do Pará, coronel Sérgio Neves.