A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, que ocorre de 10 a 21 de novembro, em Belém, contará com um grande reforço da Defesa Civil, que desde junho realiza cursos para qualificar voluntários paraatuar em situações de risco, primeiros socorros, princípios de incêndio, dentre outras emergências, em grandes eventos. A formação ocorre na Aldeia Amazônica até o final de agosto.

Entre os voluntários está Adriele Matos, 41 anos, moradora do bairro Pedreira. Bombeira civil e técnica em enfermagem, Adriele conta que ajudar ao próximo é uma das principais motivações dela. “Trabalho como voluntária desde a adolescência, e foi isso que me aproximou da área da saúde. Ajudar o próximo e compartilhar conhecimento é algo que faço com muito amor”, conta. Desde 2001, ela desenvolve um projeto no próprio bairro para organizar festas de aniversário para crianças em situação de vulnerabilidade social, entre outras ações solidárias.

Adriele foi uma dos200 alunos formados nas turmas oferecidas pela Defesa Civil em junho. O curso, dividido entreaulas teóricas e práticas, teve como foco a preparação para atuação em grandes eventos. “Estou ansiosa para participar da COP-30. Quero dar o meu melhor. Vêm pessoas do mundo inteiro e eu quero colaborar da melhor forma possível, ajudando quem precisar”, diz, com orgulho.

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De acordo com o superintendente da Defesa Civil de Belém, Vitor Magalhães, a qualificação de voluntários pelo órgão é essencial, não apenas para a COP 30, mas também para a construção de umarede permanente de apoio em situações de emergência. “Após a conferência, ficará o legado de umcorpo de voluntários qualificados, preparados para atuar tanto em grandes eventos quanto em desastres naturais e outras situações de calamidade pública”, afirma.

A expectativa é quecerca de 2 mil voluntários atuem na COP-30. Novos cursos seguem sendo oferecidos pela Defesa Civil. Em agosto, iniciaram turmas para atuação no Círio de Nazaré, e em setembro haverá novas formações, cujos voluntários também poderão atuar na COP.

Animada com a experiência, Adriele já se inscreveu para a nova formação de agosto e incentiva outras pessoas a também se tornarem voluntárias. “Sempre convido amigos e vizinhos. Quanto mais gente envolvida, maior a nossa rede de solidariedade”, opina.

Defesa Civil nos bairros

Os voluntários também participam do projeto “Defesa Civil nos Bairros”, que ocorre quinzenalmente em diferentes áreas da cidade. O objetivo é realizar vistorias em residências e orientar moradores sobre riscos comuns, como vazamentos de gás, instalações elétricas inadequadas e outros perigos que muitas vezes passam despercebidos.

Adriele já atuou no projeto nos bairros Curió-Utinga, Condor, Pedreira e Guamá. “É impressionante quantos perigos existem dentro das próprias casas. Já encontramos mangueiras de gás vencidas, fiações expostas, relógios de gás fora da validade. Levar esse tipo de orientação às pessoas é muito gratificante”, relata.