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Pará participa da construção da Estratégia Brasil 2050 e lança o Pará 2050

Plano busca preparar o estado para os desafios do futuro, promovendo o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e o fortalecimento institucional

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Pará
16/06/2025 às 15h47
Pará participa da construção da Estratégia Brasil 2050 e lança o Pará 2050
Foto: Rodrigo Pinheiro / Ag.Pará

O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), por meio da Secretaria Nacional de Planejamento (Seplan), em parceria com Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), realizou nesta segunda-feira (16), no Theatro da Paz, em Belém, o seminário “Diálogos para a Construção da Estratégia Brasil 2050”. O evento teve como objetivo central integrar o Pará ao processo de construção da Estratégia Brasil 2050, como também lançar oficialmente o Plano Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará (Pará 2050).

O Pará 2050, plano que norteará as ações de planejamento estratégico de longo prazo do estado, alinhado aos objetivos da estratégia nacional, busca preparar o estado para os desafios do futuro, promovendo o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e o fortalecimento institucional.

Hana Ghassan, vice-governadora do estado do Pará, presidente do Comitê Estadual da COP 30 e secretária de Estado de Planejamento e Administração do Pará, destacou o processo de construção do Pará 2050 e como ele norteará o futuro do estado.

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"É muito importante estarmos trabalhando no planejamento estratégico do estado com o Pará 2050 - o Pará que nós queremos no futuro. Esse plano foi construído a partir de uma ampla escuta social, porque nós entendemos que existem muitos 'Parás' dentro do nosso estado. Esse processo coletivo nos permitiu elaborar um plano sólido, baseado nas contribuições de diversos setores da sociedade. Hoje, apresentamos ao governo federal essas estratégias, resultado desse trabalho conjunto, e que dialoga com o planejamento estratégico nacional em construção. Foi um passo importante para transformar os sonhos da população, colhidos nesse processo de escuta, em estratégias — e, a partir delas, em realidade. Nosso foco é o tripé: desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade. Ouvimos diversos setores econômicos, entendendo suas necessidades e prioridades, para construir um estado mais justo, competitivo e preparado”, explicou Hana Ghassan.

Já a Estratégia Brasil 2050 tem como objetivo estabelecer um referencial estratégico para o país, capaz de orientar políticas públicas com base em escuta ativa da sociedade e em parcerias entre os entes federativos e instituições. A iniciativa é construída de forma colaborativa, com base em três pilares fundamentais: participação cidadã, governança multinível e produção de conhecimento.

A secretária nacional de Planejamento, Virgínia de Ângelis, destaca a importância do planejamento de longo prazo para decisões mais eficazes no presente. "Hoje, no estado do Pará, temos a oportunidade de escutar diretamente os atores locais sobre essas potencialidades, muitas das quais já estão contempladas no plano Pará 2050. Como governo federal, estamos ao lado do estado do Pará para fortalecer essa estratégia e construir, juntos, um caminho sólido rumo ao desenvolvimento sustentável do Brasil. Planejar o futuro, planejar a longo prazo, é fundamental para que tenhamos melhores decisões no presente. Olhar para o futuro nos permite identificar o que é estruturante, estrutural, e que precisa ser resolvido com urgência. Enfrentamos desafios históricos, como as desigualdades sociais e regionais, além da baixa produtividade e competitividade do país. A superação desses desafios exige um olhar que vá além dos mandatos e do curto prazo. O planejamento de longo prazo é essencial para uma gestão pública mais eficiente. Por isso, estamos promovendo uma escuta ativa em todas as regiões do Brasil, com o objetivo de trazer para o planejamento estratégico nacional as especificidades e potencialidades de cada localidade. Temos um país extremamente diverso, e nossa estratégia precisa refletir essa diversidade, incorporando os principais desafios e oportunidades de cada região”, esclareceu Virgínia.

Com isso, o Pará se posiciona como protagonista na formulação de políticas públicas de longo prazo, contribuindo ativamente para o planejamento nacional e reafirmando seu compromisso com a construção de um Brasil mais equitativo, inovador e resiliente até 2050.

“Eu estou muito honrada e agradeço muito ao governo do Estado que se preocupou em priorizar esse espaço do controle social, que é fundamental na governança de democracia representativa e participativa. Eu não podia deixar passar essas oportunidades representando o meu segmento de aposentados, mas como uma pessoa aposentada e uma pessoa idosa, estou em vários espaços de debate político pública. Eu contribuí o máximo que pude, representando o meu segmento social”, externou Marly dos Anjos, do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa.

Durante o evento, foram discutidos temas como a redução das desigualdades regionais, a transição ecológica, o aumento da produtividade e o fortalecimento da democracia como condição indispensável para a construção de um país mais justo e próspero.

“Este é um momento muito significativo, especialmente considerando os meses de construção coletiva que temos vivido como sociedade civil. O lançamento do Pará 2050 representa a consolidação de um esforço contínuo para garantir que o planejamento de longo prazo inclua investimentos reais em capital social e humano. É fundamental que o orçamento público e as políticas públicas estejam alinhados e dialoguem de forma permanente, assegurando a longevidade, sustentabilidade e prosperidade da nossa sociedade”, comentou Matheus Oliveira, co-fundador da Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem).

O evento reuniu representantes do poder público, da sociedade civil, de instituições de pesquisa, universidades e setor privado, promovendo o debate sobre os principais desafios e caminhos para o desenvolvimento sustentável e inclusivo para os próximos 25 anos.

Diretor-superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno comentou que os pequenos negócios representam mais de 90% das empresas formais no Brasil e, por isso, devem estar no centro das discussões sobre o futuro do país.

“No Brasil todo — e não é diferente no resto do mundo — os pequenos negócios sempre representam a maior parcela do mercado. No Brasil, mais de 90% das empresas formais são compostas por micro e pequenas empresas. Dessa forma, para um diálogo como este, de construção de futuro com foco em 2050, a discussão precisa, sim, passar por esses pequenos negócios. E o papel do Sebrae é justamente cuidar disso. O que queremos é, de maneira muito ativa, contribuir nessa construção e, principalmente, mostrar a força dos pequenos negócios e a importância do olhar atento dos governos federal, estadual e municipal, para que o apoio a esses empreendedores aconteça de forma efetiva — com desburocratização e com condições para que esses negócios sejam, de fato, protagonistas. Por isso, essa construção é fundamental. Estamos muito felizes em fazer parte desse diálogo e, principalmente, em ver o governo federal planejando os próximos 25 anos com essa perspectiva”, finalizou Rubens.

Ao longo do seminário foi realizada uma plenária de diálogo com o tema “Que Brasil queremos nos próximos 25 anos?”, reunindo representantes do governo federal, estadual e da sociedade civil para discutir estratégias de desenvolvimento a longo prazo.

O seminário já passou por estados como Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. O Pará é o 14° estado a receber o evento, que também já passou pelo Distrito Federal.

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