A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) participa da programação da Feira do Cacau e Chocolate da Amazônia 2025 – Flor Pará, com a exposição em estande institucional de produtos de seis microempresas dos segmentos de chocolate de origem e artesanato. Um dos destaques da mostra são as coleções de joias que unem a riqueza do cacau amazônico à beleza das gemas e dos materiais naturais da região.

As peças, criadas por artesãos e designers do Espaço São José Liberto, utilizam a tradicional técnica da esmaltação paraense, incorporando cores e formas inspiradas no cacau da Amazônia. As criações refletem o compromisso com a sustentabilidade e valorizam a cultura local por meio do design autoral e da inovação.

No estande institucional, os visitantes poderão conhecer diversas expressões do artesanato paraense. Entre os destaques, há peças de cerâmica amazônica, ilustradas com cenas do cotidiano ribeirinho, além de itens decorativos para jardins, produzidos a partir de madeira reaproveitada. Também estarão em exposição duas microempresas especializadas em chocolate gourmet e outras duas focadas em joias e biojoias confeccionadas com metais nobres. As coleções valorizam a biodiversidade da Amazônia e a riqueza cultural local, com criações inspiradas no fruto do cacau, nas folhagens e em elementos naturais da região.

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O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Paulo Bengtson, destaca que a missão da Secretaria é desenvolver e implementar, de forma sustentável, políticas voltadas para o crescimento econômico dos setores de mineração e energia. “Isso inclui a elaboração de planos e programas estratégicos para a indústria, o comércio, os serviços e os recursos naturais, destacando o potencial econômico dos produtos paraenses. A proposta é fomentar um ambiente favorável à competitividade, impulsionando o desenvolvimento econômico sustentável do Pará.”

Gabriel Ribeiro, 22 anos, da empresa King of Pallets, é um dos expositores. Ele trabalha com artesanatos para jardins, produzidos a partir de pallets—estruturas de madeira utilizadas no transporte e armazenamento de mercadorias—transformando-os em peças decorativas para áreas externas. Para ele, a iniciativa e o apoio da Sedeme representam uma grande oportunidade para divulgar seu trabalho, conquistar novos clientes e, quem sabe, fechar futuras parcerias. Além disso, demonstra como a reciclagem de materiais descartados pode se tornar um negócio viável. “É a primeira vez que exponho na feira e confesso que estou entusiasmado”, afirma Gabriel. Ele conta que seu pai iniciou o ofício e que, desde pequeno, o acompanhava na atividade. Hoje, está à frente da empresa.

“Meu pai começou esse trabalho quando atuava no lixão do Aurá. Ele recolhia pedaços de madeira e passou a reaproveitá-los, dando origem ao nosso pequeno negócio. Atualmente, adquirimos o material com moradores da comunidade Nova Vida, no bairro Aurá, onde vivemos até hoje. Estamos buscando parcerias com empresas que descartam esse tipo de material, com o objetivo de, no futuro, reaproveitar 100% dos pallets. Como comunidade, estamos contribuindo para um mundo mais sustentável”, acrescenta.

No local o público pode conferir ainda a beleza e a criatividade das joias artesanais produzidas pelas designers Helena Bezerra e Júlia Mendes. As peças, criadas no Espaço São José Liberto (ESJL), combinam metais nobres, gemas minerais e nibs de cacau, aplicados por meio da tradicional técnica de incrustação paraense, que confere às joias um colorido único e uma identidade regional marcante.

A mostra apresenta duas coleções autorais: Júlia Mendes exibe a coleção “Cacau”, composta por joias em prata inspiradas nas formas do fruto do cacaueiro. As peças celebram a biodiversidade da Amazônia e a riqueza cultural associada ao cacau.

Helena Bezerra, por sua vez, apresenta a coleção “Trilogia do Amanhã”. As joias em prata 925 utilizam a técnica da esmaltação paraense, trazendo cores vibrantes e formas orgânicas que homenageiam o cacau amazônico e refletem o compromisso com a sustentabilidade e a valorização dos saberes locais.

A feira é organizada pelo Governo do Estado do Pará e pelo Sistema Faepa/Senar (Federação da Agricultura e Pecuária do Pará/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). O evento reúne 300 produtores de cacau de diversas regiões do Estado, além de marcas paraenses que trabalham com chocolate de origem. Também participam representantes nacionais e internacionais, incluindo países da região amazônica.

Atualmente, o Pará conta com 32 mil produtores ativos de cacau, distribuídos em 229.175 hectares de área plantada, sendo que 169.655 hectares já estão em plena produção. Esse desempenho expressivo resultou na arrecadação de R$ 358 milhões em ICMS, evidenciando a relevância econômica da cultura cacaueira no Estado.

Serviço:O evento, aberto oficialmente na última quinta-feira, 5 de junho, segue até o domingo, 8 de junho, das 17h às 22h, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. A entrada é gratuita, mediante a doação de um quilo de alimento não perecível.