A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) promoveu, nesta sexta-feira (06), uma campanha de doação de sangue em parceria com o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA), no bairro do Telégrafo, em Belém. A ação teve como objetivo ampliar o acesso à doação voluntária e fortalecer os estoques do hemocentro, especialmente neste período em que a demanda transfusional costuma aumentar, devido à queda no número de doadores.
A estrutura foi montada dentro da sede do TCM-PA, em uma sala adaptada para receber os doadores com conforto, segurança e eficiência. A iniciativa faz parte do cronograma de coletas externas da Fundação Hemopa e reforça o compromisso institucional com a responsabilidade social, mobilizando servidores, colaboradores e voluntários que atuam diariamente no órgão.
A campanha integra a programação do Junho Vermelho — mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de sangue — e marca mais uma edição da parceria de longa data entre as duas instituições públicas, que compartilham o propósito de salvar vidas por meio da solidariedade.
Para Nazaré Saldanha, assistente social da Gerência de Captação de Doadores do Hemopa, a ação simboliza a união entre cidadania e compromisso institucional. “É uma oportunidade de fortalecer essa causa dentro de órgãos públicos. O TCM é um parceiro de longa data e sempre esteve engajado. Além de mobilizar os servidores, a campanha também aproxima o serviço da comunidade do entorno, no bairro do Telégrafo”, explicou. A meta da coleta é alcançar, no mínimo, 80 bolsas de sangue, o que pode beneficiar até 320 pacientes.
A servidora Liziana Barros, da equipe de enfermagem do TCM-PA e uma das organizadoras da ação, destacou o engajamento dos colaboradores na campanha. “Faço questão de visitar os setores, conversar diretamente com os servidores, tirar dúvidas e mostrar como a doação é um gesto simples que pode salvar até quatro vidas. Desde 2022, percebemos uma adesão crescente, com muitos já se preparando antecipadamente para participar. Isso mostra que a cultura da solidariedade está cada vez mais forte na instituição”, afirmou.
Entre os participantes, estava a analista jurídica Isabelle Sotero, doadora desde os 18 anos, que falou sobre o impacto pessoal do gesto. “Comecei a doar ainda na universidade, quando me conscientizei sobre a importância do meu tipo sanguíneo, O negativo, que é doador universal. Já tive familiares que precisaram de sangue e isso me fez entender que qualquer um pode estar do outro lado. Doar é um ato de empatia e responsabilidade — hoje é alguém, amanhã pode ser você”, destacou.
Além da coleta de sangue, os participantes também puderam se cadastrar como doadores voluntários de medula óssea, ampliando ainda mais as possibilidades de salvar vidas por meio da doação.