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Futebol de robô, aplicativo e reciclagem são tema de aula em Mosqueiro

Educação transformadora é aquela queconectao que se aprende em sala com o que se vive no mundo. E é exatamente isso que a Escola Municipal Abel Mar...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Belém
03/06/2025 às 14h48
Futebol de robô, aplicativo e reciclagem são tema de aula em Mosqueiro
Foto: Gracy Peralta/Escola Abel Martins e Silva

Educação transformadora é aquela queconectao que se aprende em sala com o que se vive no mundo. E é exatamente isso que a Escola Municipal Abel Martins e Silva, na Ilha de Mosqueiro, vem fazendo com seus estudantes: criandooportunidades de aprendizadoque envolvem robótica, sustentabilidade e soluções reais para desafios da comunidade.

Entre os destaques da escola está o inéditofutebol de robôs, projeto que nasceu das oficinas derobótica com materiais recicláveise já garantiu prêmios aos alunos. Também se destaca oprograma “Reutilizar, Produzir e Aprender”, que transforma resíduos como papelão, isopor e garrafas pet em peças de robôs e estruturas criativas. Além disso, osestudantes estão desenvolvendo um aplicativoque vai ajudar a comunidade a saber, em tempo real, onde estão os ônibus que circulam na ilha, facilitando o dia a dia de quem depende dotransporte público.

A escola passou recentemente por reformas, mas os projetos nunca pararam. Ao contrário, ganharam ainda mais força com o novo espaço. “A escola nunca parou com os projetos, mesmo com a reforma. Mas agora, já pronta, temos ainda mais motivos para dar continuidade. Queremos mostrar que umaescola pública pode ser bem cuidada, inovadora e inspiradora”, destaca a diretora Gracy Peralta. 

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Para Thaisa Gabrieli, do 7º ano, reutilizar materiais é uma forma de representar a escola com orgulho e criatividade. - Crédito: Gracy Peralta/Escola Abel Martins e Silva
Para Thaisa Gabrieli, do 7º ano, reutilizar materiais é uma forma de representar a escola com orgulho e criatividade. - Crédito: Gracy Peralta/Escola Abel Martins e Silva

A robótica na Abel Martins e Silva vai além dos circuitos e sensores: ela começa no lixo reciclável. Os alunos reutilizam resíduos para criar soluções e experiências. É o caso da estudante Thaisa Gabrieli Alves, do 7º ano, que participa ativamente dos projetos. “A gente reutiliza isopor, papelão, garrafa pet… coisas que muita gente joga fora, e a gente transforma em projetos. A gente fez carrinhos, fez futebol de robô, tudo com material reciclável. Eu acho muito legal representar a escola assim”, afirma a aluna.

Essaabordagem interdisciplinarune sustentabilidade e inovação, valorizando o pensamento criativo e a prática consciente. Os alunos são estimulados a refletir sobre o impacto ambiental de suas escolhas e a buscar alternativas para problemas reais. Foi assim que nasceu o projeto do aplicativo de transporte, um dos mais promissores da escola.

Com peças recicladas, os estudantes aprendem robótica enquanto desenvolvem pensamento crítico e soluções para o futuro. - Crédito: Gracy Peralta/Escola Abel Martins e Silva
Com peças recicladas, os estudantes aprendem robótica enquanto desenvolvem pensamento crítico e soluções para o futuro. - Crédito: Gracy Peralta/Escola Abel Martins e Silva

A ideia é criar umaplataforma simples e acessívelque mostre a localização dos ônibus em tempo real, com horários, pontos e itinerários. O objetivo é ajudar trabalhadores e estudantes que enfrentam longas jornadas até Belém. “Esse problema do transporte não acontece só aqui na ilha, acontece no mundo todo. A gente quer melhorar isso com um aplicativo que mostra onde o ônibus está, onde ele vai passar e que horas vai chegar. Isso vai melhorar a vida de muita gente”, explica Maria Vanielli de Oliveira, do 9º ano.

A escola também desenvolve outros projetos com impacto social, como o Educação Antirracista, que promove debates e reflexões em sala de aula, e o Horto Medicinal, que vai implantar uma horta com plantas medicinais cultivadas pelos próprios alunos.

Com tantos projetos em andamento e alunos engajados, a Escola Abel Martins prova quea educação pública pode e deve ser espaço de inovação, inclusão e protagonismo juvenil. Um verdadeirolaboratório de cidadania e transformação, onde cada ideia pode se tornar solução e cada estudante, um agente de mudança.

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