O Estado do Pará alcançou, em abril de 2025, o menor número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) já registrado para o mês nos últimos oito anos. Foram 145 ocorrências no período de 1º a 30 de abril, o que representa uma redução de mais de 65% em comparação a abril de 2018, quando esse número chegou a 415.
O recuo também se manteve em relação ao ano passado: nove crimes a menos do que os registrados em abril de 2024, o que corresponde a uma queda de quase 6%. A taxa de CVLI por 100 mil habitantes também apresentou redução, passando de 1,90, em 2024, para 1,79, em 2025. Os dados são do Centro de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Siac/Segup), com base em informações extraídas do Sisp.
Os indicadores reforçam o impacto das ações integradas de segurança pública no Estado, que vêm sendo intensificadas nos últimos anos com patrulhamento ostensivo, investimento em tecnologia e o fortalecimento da presença das forças de segurança nos bairros.
Comandante-geral da Polícia Militar do Pará, o coronel Dilson Júnior destaca que os resultados são fruto da união entre estratégia e presença constante das equipes nas ruas. “Essa redução histórica é fruto da atuação estratégica da nossa tropa e do fortalecimento da relação com a população. Seguiremos firmes na missão de proteger vidas e garantir segurança em todos os municípios paraenses”, afirmou.
Tranquilidade- Em Belém, os reflexos desse trabalho já são percebidos por quem vive nas comunidades. Moradora há mais de dez anos no bairro da Cabanagem, Gilda Valente, 65 anos, descreve como a realidade do bairro mudou. “Antes, a gente não conseguia colocar uma cadeira fora de casa por medo. Graças a Deus, já não temos mais esse medo. Sempre passa uma viatura aqui na porta de casa. Aqui próximo, no Panorama, sempre fica uma viatura fixa, e já deixa a gente mais tranquila”, contou.
Os números de 2025 confirmam o avanço das políticas públicas voltadas à segurança. No acumulado de janeiro a abril, o Pará registra 576 ocorrências de CVLI – o menor índice desde 2010, e menos da metade dos registros do mesmo período em 2017.