Estudantes do curso de redação do Pré-Enem nas Usinas da Paz, na Região Metropolitana de Belém, estão mergulhando em rodas de conversa sobre um tema urgente e necessário: “Violência contra a mulher – desvendando a realidade para transformar o futuro”. A iniciativa, promovida pela Fundação ParáPaz, por meio da Coordenação da Mulher, acontece durante as aulas e tem um objetivo duplo: ampliar o repertório sociocultural dos jovens e prepará-los para as exigências do Enem, que costuma abordar temas sociais com frequência.

Ao longo da programação, os alunos são convidados a refletir e debater questões fundamentais, como a construção histórica da violência de gênero no Brasil, os impactos da masculinidade tóxica e o papel dos homens na prevenção e no enfrentamento dessa realidade. As discussões também giram em torno da representação feminina na mídia, na política e na cultura, além de apresentar a Lei Maria da Penha e os serviços de apoio às vítimas. Tudo isso aliado ao desenvolvimento de habilidades de argumentação e produção textual, fundamentais para um bom desempenho no exame.

“A proposta vai além de uma ação educativa. É uma ferramenta de transformação social”, destaca Patrícia Potiguar, coordenadora da ação. Segundo ela, o tema da violência contra a mulher aparece com frequência nas provas de ciências humanas e na redação do Enem, exigindo dos candidatos não apenas conhecimento, mas também sensibilidade e senso crítico. “Ao levarmos essa discussão para dentro das usinas, estamos contribuindo para formar uma geração mais consciente”, completa.

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As rodas de conversa já passaram pelas Usinas da Paz dos bairros Jurunas/Condor, Guamá e Terra Firme, e seguem até o mês de maio em outras comunidades. A expectativa é que, após essa fase, o projeto também chegue às escolas da rede pública, ampliando ainda mais o alcance da iniciativa.

A atividade integra o programa estadual “Por Todas Elas” e conta com o apoio das Secretarias de Estado de Articulação da Cidadania (Seac) e de Educação (Seduc). À frente das turmas estão os professores Rodrigo da Silva de Jesus e Débora Ferreira, responsáveis pela condução pedagógica do curso nas Usinas da Paz, em uma parceria entre a TerPaz e a Seduc.