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Economia ABASTECIMENTO

Pará será um dos primeiros estados a receber arroz importado; preço deve ser de no máximo R$ 4 o quilo

Medida tem o objetivo de evitar especulação de preços e manter os estoques do grão, após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído parte das lavouras. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil

16/05/2024 às 08h55
Por: Redação Fonte: G1
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Reprodução
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Brasília/DF – O arroz que o governo vai importar para segurar o preço do grão no Brasil será vendido ao consumidor por, no máximo, R$ 4 o quilo, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quarta-feira (15/5).

A Conab é uma estatal do Ministério da Agricultura que ajuda a gerir políticas agrícolas.

A compra de arroz deve ser feita de parceiros do Brasil no Mercosul, como Paraguai, Uruguai e Argentina, por meio de leilões públicos. O primeiro leilão vai adquirir 104 mil toneladas de arroz, que serão direcionadas para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia.

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“O arroz que vamos comprar terá uma embalagem especial do governo federal e vai constar o preço que deve ser vendido ao consumidor. O preço máximo ao consumidor será de R$ 4 o quilo”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.

A ação faz parte de uma medida provisória publicada na última sexta-feira (10/5) que liberou a importação até 1 milhão de toneladas de arroz após as enchentes no Rio Grande do Sul terem destruído uma parte das lavouras do grão. O estado produz 70% do cereal consumido no Brasil.

Ainda na sexta, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reforçou que o governo não quer concorrer com os produtores de arroz do RS e que não há risco de faltar arroz no Brasil. Ele disse que a medida é para evitar especulação de preços e recompor os estoques públicos do país.

“A maior parte da safra está colhida, temos arroz no Brasil, mas também temos gente que se aproveita deste cenário de tragédia para propagar a desinformação, o pânico nas pessoas”, disse Fávaro, ao blog da Camila Bomfim.

O primeiro leilão da Conab está marcado para a próxima terça-feira (21/5).

O produto deverá ser descarregado nos portos de Santos (SP), Salvador (BA), Recife (PE) e Itaqui (MA) e empacotados em embalagem de 2kg.

Abastecimento de arroz

Em entrevista ao g1 na última quinta-feira (9/5), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, disse que o arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país por, no mínimo, 10 meses.

“Talvez possa faltar alguma coisa no final, quando nós já estivermos com uma nova safra em cena”, reforçou.

De acordo com ele, a principal dificuldade do estado, no momento, é para conseguir transportar o arroz colhido para outros locais, tendo em vista a interrupção de estradas e rodovias.

Ainda na quinta-feira, a diretora técnica do Irga, Flávia Tomita, disse que, com as chuvas, o estado perdeu, até o momento, cerca de 114 mil toneladas de arroz.

Antes da tragédia, a previsão era de que o estado colhesse, no total, 7,475 milhões de toneladas do grão, segundo a (Conab).

Mas estimativas do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) preveem que, agora, a colheita deve ser um pouco menor, em torno de 7,149 milhões de toneladas, considerando os estragos das enchentes e outros efeitos do El Niño.

As cerca de 114 mil toneladas de arroz perdidas correspondem a uma área plantada que está há dias submersa pelas águas: um total de 22,9 mil hectares, localizados na região Central do estado.

“Esses estão totalmente perdidos, não tem mais jeito de recuperar”, explicou Flávia.

Não entraram na conta, porém, 17,9 mil hectares que estão parcialmente submersos pelas águas. “Dessas áreas, vão, provavelmente, sair alguma coisa, mas a gente não sabe o quanto. Nós preferimos tirar da conta porque ainda não termos certeza”, destacou.

A área de arroz que ainda falta colher e que não foi atingida por enchentes corresponde a 101,3 mil hectares.

 

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