Com a guerra entre Rússia e Ucrânia acontecendo, o preço da cerveja comercializada no Brasil sofrerá impactos. Isso porque o comércio de ingredientes da bebida sofrerá um impacto direto com o conflito, pois ambos os países são responsáveis por 28% das exportações globais da cevada, e o país do presidente Vladimir Putin é o terceiro maior fornecedor de malte ao mercado brasileiro.
No ano de 2021, o Brasil chegou a importar US$ 64 milhões de malte da Rússia, consolidando o país russo como um dos principais exportadores do produto para o mercado nacional , que depende de importações de produtos do mercado cervejeiro e de fertilizantes.
A maior parte da cevada e do malte que são utilizados na indústria cervejeira do Brasil é importada da Argentina e do Uruguai. Porém, a redução de fornecedores desses ingredientes ocasionará um aumento na procura por outros produtores que possam suprir o mercado, elevando os preços em todo o mundo.
De acordo com Anheuser-Busch InBev, responsável pela Ambev, a empresa tem uma proteção financeira de 12 meses contra variação cambial, para tentar não repassar os custos do produto aos consumidores. A companhia promete ainda, controlar o preço dos commodities que são utilizados na produção da cerveja.
Segundo a Kantar, empresa de pesquisa de mercado, consumidores estão trocando algumas marcas mais famosas, como Heineken, Stella Artois e Eisenbahn, por outras com preços mais acessíveis e populares.
Ainda de acordo com a Ambev, o hectolitro (100 litros) aumentou 17,4% no ano passado, a estimativa para este ano era de ficar de 16% a 19%. Porém, esse cálculo teria sido realizado antes da invasão russa.
De acordo com o estudo divulgado no ano passado, pela plataforma de descontos CupomValido, o Brasil é o terceiro país que possui o maior consumo de cerveja no mundo, ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos.
A pesquisa revelou ainda que o brasileiro consome em média seis litros de cerveja por mês, um gasto médio de R$ 184 mensais.