O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (25) que o Brasil já conta com 813 casos de monkeypox (varíola do macaco) confirmados até o momento. A maioria das confirmações está em São Paulo e Rio de Janeiro.
"A Pasta segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes", disse o órgão em nota enviada por email. Os números atualizados serão divulgados no final do dia pelo Ministério da Saúde.
Vale destacar que a doença passou a ser considerada "uma emergência de saúde pública de interesse internacional" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O anúncio foi feito por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da agência, no último sábado (23).
Segundo ele, a decisão foi definida por existir "risco para a saúde humana, para a disseminação internacional e para o potencial de interferência no tráfego internacional".
Atualmente, a doença foi detectada em 75 países, com mais de 16 mil casos. O total de mortes chegou a cinco, segundo a OMS.
Varíola dos macacos: veja lista de sintomas e como se proteger
A OMS explica que o período de incubação (o tempo entre o vírus invadir as células e o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variar de 6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias.
A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser dividida em dois momentos.
Primeiro, acontece o período de invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar:
Febre;
Dor de cabeça forte;
Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como "íngua");
Dor nas costas;
Dores musculares;
Falta de energia intensa.
Terminado o período de invasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre.
Tem como prevenir essa doença?
As vacinas são a principal forma de prevenção.
De acordo com a OMS, uma série de estudos observacionais descobriu que o imunizante que protege contra a varíola tem uma efetividade de 85% contra a varíola dos macacos.
Como o vírus causador da varíola foi completamente erradicado, o programa de vacinação contra essa doença foi paralisado a partir dos anos 1980.
Existe, porém, uma vacina mais recente contra a varíola dos macacos, feita a partir do vírus atenuado modificado em laboratório.
Usada num esquema de duas doses, ela está aprovada em alguns lugares desde 2019. A disponibilidade deste imunizante no momento é bem limitada.
Como as pessoas podem se proteger?
A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas. Lembrando que a principal forma de transmissão ocorre através do contato pele/pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos.