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Ponto de apoio do governo do Pará ofereceu conforto e cuidados aos romeiros

Servidores voluntários garantiram acolhimento, alimentação e cuidados aos peregrinos que chegaram a Belém a pé para os festejos do Círio de Nossa S...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Pará
11/10/2025 às 18h55
Ponto de apoio do governo do Pará ofereceu conforto e cuidados aos romeiros
Foto: Divulgação

Durante as celebrações do Círio de Nazaré, o governo do Pará, por meio da Fundação ParáPaz, montou um ponto de apoio na avenida Almirante Barroso para acolher os romeiros que chegaram a Belém caminhando para pagar promessas e renovar a fé. O espaço, preparado com todo carinho, funcionou 24 horas entre os dias 8 e 10 de outubro, oferecendo água, frutas, café, lanches, massagens e curativos aos peregrinos.

A estrutura foi pensada para garantir conforto e acolhimento aos milhares de devotos que atravessaram longas distâncias. Servidores voluntários da Fundação ParáPaz se uniram dia e noite para atender quem chegava exausto da estrada. Muitos romeiros pararam para descansar e aproveitaram o momento para compartilhar suas histórias.

De Capanema, a cerca de 160 quilômetros da capital, Valentina Mesquita, de 45 anos, e o marido, João Mesquita, de 59, realizaram a caminhada pela primeira vez. Eles saíram no domingo (5), com um grupo de 165 pessoas e chegaram a Belém após dias de caminhada e poucas horas de sono.

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“É uma promessa de saúde e agradecimento. No início achava que não fosse dar conta, mas vem uma força tão grande que faz com que a nossa fé seja ainda maior”, contou Valentina, enquanto recebia atendimento no ponto de apoio.

A família de Célia Naziazeno agradeceu as bênçãos recebidas segurando um coração de cera durante a caminhada até a Basílica

Outra história de gratidão veio de Célia Naziazeno, 42 anos, que caminhava com a família desde a avenida Augusto Montenegro. Ela dedicou cada passo à recuperação dos pais.

“Há quatro anos faço a caminhada, mas esse ano é ainda mais especial. Minha mãe infartou em junho e ficou internada por um mês. Os médicos disseram que ela poderia não resistir, mas hoje está em casa, cheia de saúde. Quando saímos, ela se despediu e eu chorei de emoção”, relatou, segurando um coração de cera como forma de agradecimento.

Mãe e filho, Paula e Carlos, seguiram juntos na caminhada do Círio. No ponto de apoio da ParáPaz, encontraram acolhimento, carinho e forças para continuar o percurso.

Entre os devotos que pararam no ponto da ParáPaz também estava o pequeno Carlos Henrique Lima, de 10 anos, acompanhado da mãe, Paula de Lima, de 29. Eles vieram de Santa Izabel, saindo às 16h e chegando à capital por volta das duas da manhã.

“Vim acompanhar a minha mãe e tá sendo muito especial viver isso com ela. Desde pequeno eu via ela saindo de casa e dessa vez eu participei”, disse o menino.

Paula, que faz o trajeto há 18 anos, contou que esse ano foi mais especial por estar acompanhada do filho e que, apesar do cansaço e da preocupação, a sensação era muito especial por compartilhar com ele o que ela já vive há tempo tempo. “Chegando na Basílica tudo faz sentido”, resumiu.

Depois de ter que interromper a caminhada no ano passado, Lana Célia voltou com ainda mais fé

Também descansando no local, Lana Célia, 37 anos, e o esposo, Neto Gomes, vieram de Igarapé-Açu para agradecer pela saúde do filho de 11 anos, que sofre com convulsões. No ano passado, ela precisou interromper a caminhada em Benevides por conta de ferimentos nos pés. Desta vez, estava disposta para chegar até o final e encontrar o filho.

“Prometi que voltaria, e aqui estou, pagando minha promessa. Nosso filho nos espera na Basílica para voltarmos juntos pra casa”, contou.

Entre os peregrinos, também estava José Raimundo Silva, de 53 anos, que saiu de Castanhal com um grupo de amigos. Após longas horas de caminhada, ele encontrou na barraca da ParáPaz um momento de pausa e acolhimento.

“Quando parei aqui, já estava sem forças. O pessoal da barraca me ofereceu alimento, água, trocaram meu curativo dos pés que estavam machucados e ainda me deram fruta pra levar no caminho. Esse gesto simples faz toda a diferença. Recebi uma massagem, estiquei o corpo. A gente se sente cuidado, como se tivesse alguém esperando por nós no meio da estrada”, contou.

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