A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) participou, na última semana, do IV Seminário de Apicultura e Meliponicultura do Pará e do II Concurso Paraense de Mel, em Paragominas, no sudeste paraense. O evento contou com a presença de instituições públicas e privadas que fomentam a cadeia produtiva do mel, o agronegócio e a agricultura familiar, com o objetivo de compreender as potencialidades da meliponicultura e da apicultura no Estado, bem como criar redes e possibilidades de desenvolvimento local.
O diretor de Gestão Florestal e Agrossilvipastoril da Semas, Luiz André Cordeiro Absolão, enfatizou que “a apicultura e meliponicultura contribuem para o desenvolvimento da bioeconomia do mel no Pará, por ser uma cadeia produtiva sustentável. Este seminário veio para reforçar a importância dessa atividade, reconhecer projetos e valorizar a produção de mel no Estado, neste evento além da participação da Semas, estiveram presentes instituições públicas e privadas para fomentar a cadeia produtiva do mel, o agronegócio e, principalmente, os avanços da agricultura familiar”.
Biodiversidade- A apicultura é uma atividade que envolve a criação e o manejo de abelhas, com o objetivo de obter produtos como mel, cera, própolis e pólen, e prestar serviços de polinização, enquanto a meliponicultura é a prática de criar abelhas sem ferrão (do grupo meliponíneos) - uma atividade sustentável que promove a conservação da biodiversidade, o equilíbrio biológico e a produção de mel e outros derivados.
“A Semas, através da Diretoria Agrossilvipastoril, participou da mesa de abertura, informando que tem interesse em mapear os produtores de mel e projetos comunitários de meliponicultura que receberão apoio do Programa Regulariza Pará, além de esclarecer dúvidas relacionadas aos serviços oferecidos pelo setor. Um projeto essencial para a manutenção da biodiversidade e o combate às mudanças climáticas”, informou Luiz Absolão.
A Semas, respondendo a uma demanda histórica dos meliponicultores - produtores que criam abelhas nativas sem ferrão (ANSF) para produção de mel - implementou em 2024 a Resolução Coema nº 184, que estabelece diretrizes para o licenciamento ambiental simplificado da meliponicultura, promovendo a preservação dessas abelhas, que desempenham papel crucial na polinização e no equilíbrio ecológico.
“A resolução modernizou as práticas de manejo sustentável, garantiu segurança jurídica à atividade, além de permitir criar e manejar abelhas sem ferrão. Assim, os meliponicultores no Pará têm a oportunidade de comercializar colmeias, produtos e subprodutos, como mel, própolis e cera. Essa regulamentação foi um avanço para o protagonismo dos pequenos produtores na cadeia produtiva do mel, conferindo maior valor agregado a seus produtos”, finalizou o diretor.
A Semas compôs ainda o júri do II Campeonato do Melhor Mel do Estado do Pará, juntamente com representantes da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Escola Técnica Estadual do Pará (EETEPA) local, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Federação Paraense de Apicultura e Meliponicultura.