Duas escolas estaduais de Belém receberam, nesta semana, os primeiros Minilaboratórios de Inovação Pai D’égua, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). A ação também conta com o apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Tribunal Regional Federal da 1ª Região e Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8). As unidades contempladas foram a Escola Estadual Palmira Gabriel e a Escola Lauro Sodré.
O objetivo do projeto é estimular a criação de soluções para os desafios do ambiente escolar a partir da metodologia do Design Thinking, que prioriza a criatividade, o trabalho colaborativo e a resolução prática de problemas. Os laboratórios contam com espaços físicos equipados e envolvem formações voltadas a professores e estudantes.
Incentivo à inovação e ao protagonismo juvenil
Para o secretário de Estado de Educação, Ricardo Sefer, a iniciativa representa um avanço importante na construção de uma educação mais inovadora e participativa. “Agradeço todos os parceiros por essa iniciativa do minilab nas escolas estaduais. É fundamental para a educação receber iniciativas como essas, que estimulam a mente, o futuro e aumentam as oportunidades para os nossos estudantes da rede pública do Pará. Que possamos ter mais iniciativas como essas para todos os nossos estudantes do Estado”, ressaltou o secretário.
O estudante Kayki Freitas da Fonseca, de 14 anos, do 8º ano da Escola Palmira Gabriel, destacou o impacto da proposta na rotina escolar. “Foi muito legal participar do curso e aprender como, pela metodologia Design Thinking, podemos propor soluções para nossa escola. O laboratório é uma oportunidade de fortalecimento da comunidade escolar e de incentivar soluções inovadoras. Estamos muito empolgados com essa chance”, afirmou o aluno.
A diretora da unidade, professora Lana Dias Ferreira, também reforçou os benefícios para a comunidade escolar. “Temos um contexto específico de alguns conflitos e de situações simples do dia a dia que podem ganhar soluções criativas, de baixo custo, envolvendo todos os segmentos da escola. Isso dialoga diretamente com a proposta pedagógica do ensino integral e com o protagonismo dos nossos alunos”, explicou.
Na Escola Estadual Lauro Sodré, a diretora Elizabeth destacou o envolvimento direto dos estudantes no processo de transformação da escola. “Esse projeto tem por objetivo reunir os servidores da escola e alunos em busca de soluções para os problemas do dia a dia da instituição. O melhor de tudo é que o aluno será o sujeito principal na busca dessas soluções.”
O coordenador do Laboratório Pai D’égua do TJPA, juiz Charles Menezes, explicou a origem e as perspectivas de expansão do projeto. “A nossa ideia é começar pequeno, mas temos um grande sonho: espalhar esse projeto para as escolas do Pará e, futuramente, para o Brasil. A inovação não pode ser apenas uma pauta do Judiciário, precisa estar presente também na educação”, afirmou o magistrado.
Com a entrega dos dois primeiros minilaboratórios, a parceria entre Seduc e o Judiciário fortalece o compromisso com uma educação pública mais criativa, participativa e conectada com as transformações da sociedade.