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Hospital de Clínicas celebra Dia dos Pais com ações que valorizam acolhimento, música e memórias afetivas

Atividades no Ambulatório e na Clínica Médica despertaram emoções e propiciaram a pacientes e acompanhantes troca de experiências e resgate de boas...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Pará
09/08/2025 às 21h45
Hospital de Clínicas celebra Dia dos Pais com ações que valorizam acolhimento, música e memórias afetivas
Foto: Divulgação

O Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, promoveu programações especiais em alusão ao Dia dos Pais - neste ano celebrado em 10 de agosto, com atividades voltadas à valorização da figura paterna e ao cuidado com a saúde emocional. Pacientes internados e em atendimento vivenciaram momentos de emoção e descontração.

No Serviço de Ambulatório Médico, o Projeto Sala de Espera realizou roda de conversa, conduzida pela neuropsicóloga Ilze Amaral, que abordou sentimentos ligados à presença — ou ausência — paterna. A dinâmica “telefone de vento” convidou os participantes a expressarem mensagens e emoções não ditas aos pais, resultando em momentos de forte emoção.

Programação ajuda na manutenção da saúde emocional

“Buscamos trazer mais conforto ao paciente, sempre com dinâmicas temáticas nos meses comemorativos. Estamos no mês dos pais, uma data que reforça a importância do símbolo da figura paterna. A dinâmica do ‘telefone de vento’ foi muito emocionante. Muitos usuários conseguiram expor emoções que estavam guardadas há muito tempo, e saíram daqui mais leves e acolhidos”, disse Ilze Amaral.

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Entre os participantes, o paciente Djalma Teixeira compartilhou a experiência e o sentimento de gratidão. “Surpresas como essa alegram o nosso dia e mudam até o nosso comportamento. Só de vir ao hospital já ficamos tensos, preocupados com o que o médico vai dizer. E aí somos recebidos com uma ação como essa, com uma equipe preparada, que acolhe e nos emociona. Foi um momento de confraternização entre pais e profissionais. Algo que faz toda a diferença”, afirmou.

Jaciara Cruz, coordenadora do Ambulatório Médico

Acolhimento- “Promovemos uma ação voltada especialmente aos pais, com o intuito de levar informação, tirar dúvidas e promover um momento de escuta e emoção. Falamos sobre o papel do pai dentro de casa, sobre sentimentos e também sobre a perda, com a presença da neuropsicóloga. Foi um momento de muita emoção. Nosso projeto surgiu no pós-pandemia, quando percebemos a ociosidade na espera. Desde então, fazemos ações mensais com temas variados. É uma forma de acolher, de aproximar e garantir que o paciente se sinta cuidado, desde a chegada até a saída”, explicou Jaciara Cruz, coordenadora do Serviço de Ambulatório Médico do HC.

Na Clínica Médica, os pacientes participaram de jogos e ouviram músicas tocadas em vitrola, com o objetivo de resgatar memórias afetivas e descontrair. Ao ouvir canções que marcaram épocas, os participantes - a maioria já na terceira idade - reviveram lembranças da juventude, compartilharam histórias pessoais e se envolveram em atividades lúdicas, reforçando o vínculo social.

Teresa Rocha, psicóloga: estímulo aos pacientes

Memórias felizes- A psicóloga Teresa Rocha destacou que a iniciativa tem um impacto significativo no bem-estar emocional. “Os jogos, junto com a música, proporcionam um pouco de alegria, fazem com que os pacientes se transportem para um momento em que já tiveram uma vida feliz, diferente desse período de adoecimento. Isso os encoraja a melhorar e pensar: Eu vou sair daqui e ver coisas, ouvir música. É também um momento de compartilhar com os colegas que eles podem ser felizes, brincar, pedir músicas, jogar… Essa é a finalidade do projeto: tirar um pouco o foco do ambiente hospitalar e trazer leveza”, explicou.

Na Clínica Médica estão internados pacientes com múltiplas comorbidades, relacionadas principalmente às áreas de referência do Hospital de Clínicas: cardiologia, nefrologia e psiquiatria.

Cosme Neves: atividade reduz o estresse

Relaxamento- Cosme Neves, 61 anos, está no HC há quase três meses, após dar entrada com um problema no coração que comprometeu os rins. Com três filhos, ele contou que as atividades ajudaram a aliviar o estresse do período de internação.

“É muito bom, até porque a gente se distrai um pouco. Dois meses e pouco dentro de um hospital deixa a gente estressado, e isso aqui é bom pra relaxar a mente. As músicas embalaram minha juventude. Gosto muito de jogar dominó. Jogava com minha mãe, com minha esposa. Dá uma lembrança de casa”, relatou.

O Projeto Sala de Espera e as ações na Clínica Médica são promovidos pelo HC em parceria com equipes multiprofissionais, sempre enfatizando humanização, cuidado integral e escuta ativa.

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