O Governo do Pará deu início, nesta quinta-feira (7), à primeira apresentação didática da Amazônia Jazz Band (AJB) em uma escola da rede pública estadual. O concerto foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Santo Afonso, localizada no bairro do Telégrafo, em Belém, e reuniu alunos, professores e familiares para um espetáculo de música e conhecimento.

A ação é promovida por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o Theatro da Paz e a Academia Paraense de Música (APM). Conta ainda com patrocínio master do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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Cultura acessível nas escolas públicas

Com o objetivo de ampliar o acesso à cultura e promover a democratização da música instrumental, o concerto na Escola Santo Afonso marca o início de uma nova fase no calendário da AJB, que agora inclui apresentações em unidades de ensino da rede pública.

“É muito importante levar a cultura para as escolas. A Amazônia Jazz Band estava esperando por esse momento e estamos muito felizes. É um show didático, onde explico os instrumentos, como funcionam, e o diferencial da AJB em relação a outras big bands do mundo”, afirmou o maestro Eduardo Lima, regente titular da banda.

Durante o espetáculo, os músicos apresentaram um repertório eclético que incluiu clássicos da música paraense e brasileira. A apresentação contou ainda com a participação especial da cantora Júlia Passos, que interpretou canções da artista paraense Dona Onete.

Vivência musical transforma ambiente escolar

Para os estudantes da Escola Santo Afonso, a experiência foi marcante. “É a primeira vez que tô assistindo e achei muito legal, porque tiveram várias músicas que eu conhecia e que deu pra interagir. Eu sempre quis assistir algo assim na escola”, contou Sophie Julieta, aluna do 7º ano.

A escola já havia iniciado com os alunos o estudo teórico da música instrumental em sala de aula, e o concerto representou a conexão entre teoria e prática.

“São alunos que não têm o contato direto com a música instrumental, então ter a oportunidade de estudá-la e depois assistir à Amazônia Jazz Band é o fechamento de um ciclo de formação”, explicou Máximo Rogério, diretor da unidade.

Segundo o gestor, a ação contribui para despertar novos interesses e talentos entre os jovens. “Hoje, muitos alunos falaram que querem aprender a tocar algum instrumento. É muito gratificante ver o brilho nos olhos deles ao assistirem a AJB. Isso é acesso à cultura e transformação social pela arte”, concluiu.

Texto: Lorena Saraiva