A qualidade do gramado é um fator crucial para o bom desempenho nas partidas de futebol, influenciando diretamente a fluidez do jogo, a segurança dos atletas e o espetáculo oferecido aos torcedores. Quando o campo apresenta condições inadequadas, as consequências são visíveis: jogadas são prejudicadas, o ritmo da partida é comprometido e o risco de lesões aumenta. Esse foi o cenário enfrentado pelo Atlético-MG em sua estreia na Copa do Brasil, nesta terça-feira (18), contra o Tocantinópolis (TO), no estádio General Sampaio, em Porto Nacional (TO).
O atacante Rony, do Atlético-MG, foi um dos principais críticos do gramado natural do estádio. Após a partida, em entrevista à TV Globo, o jogador não poupou palavras para expressar seu descontentamento com as condições do campo. "Com todo o respeito, peço até desculpa à equipe adversária, mas não tem condição de jogar num campo desse", afirmou. Rony destacou que o estado do gramado prejudicou o desempenho da equipe, dificultou a execução das jogadas e comprometeu a qualidade do espetáculo.
O desabafo do atacante ocorre no mesmo dia em que jogadores de diversos clubes se manifestaram contra a utilização de campos sintéticos em competições nacionais. O debate sobre a qualidade dos gramados, sejam eles naturais ou artificiais, ganhou ainda mais relevância, especialmente em um momento em que o futebol brasileiro busca se modernizar e oferecer melhores condições para atletas e torcedores.
Apesar das críticas e do desgaste físico imposto pelo gramado irregular, o Atlético-MG conseguiu superar as adversidades e garantir a vitória por 2 a 0, classificando-se para a próxima fase da Copa do Brasil. No entanto, a partida deixou claro que a qualidade do campo é um fator que não pode ser negligenciado, especialmente em competições de alto nível.
O episódio reacendeu a discussão sobre a necessidade de padronização e investimento em infraestrutura nos estádios brasileiros. Enquanto clubes e federações buscam soluções para melhorar as condições dos gramados, jogadores e torcedores esperam que o espetáculo do futebol não seja mais prejudicado por um fator que, em tese, poderia ser controlado. Afinal, um bom gramado não é apenas uma questão de conforto, mas de respeito ao esporte e a todos que o acompanham.