Uma menina de 7 anos morre afogada durante confraternização no município Palmeiras de Goiás, em Goiás, no último domingo (8). Uma câmera de segurança no local do ocorrido registrou a fatalidade. O vídeo do equipamento mostra o momento em que a criança entra na água, não alcança o chão e começa a se debater por dois minutos sem ser percebida. O caso é investigado pela Polícia Civil.
O caso ocorreu em um espaço de festas localizado no Residencial Nelson Mariotto. Na gravação, ainda é possível ver duas crianças em uma parte rasa do local para banho, as quais vão embora assim que a vítima entra na água. Mais ao fundo da piscina estão dois homens, que ficam conversando enquanto acontece o afogamento. Do lado direito, já fora da piscina, há uma área com várias pessoas reunidas, que também não notam a situação.
A menina começou a se afogar ao tentar alcançar o fundo da piscina e não conseguir. Já submersa, conforme visto na filmagem, um homem de regata azul percebeu a situação e alertou outro indivíduo que estava na água. Este, então, retirou a criança da piscina.
De acordo com relato da mãe à Polícia Militar, ela havia saído para comprar itens para a festa, deixando a filha sob a supervisão dos adultos que estavam no local quando ocorreu o incidente.
Ainda segundo a Polícia Militar, a menina foi levada inconsciente ao pronto-socorro da cidade por pessoas presentes na festa. No hospital, os médicos realizaram a intubação e conseguiram estabilizá-la. No entanto, devido à grande quantidade de secreção nos pulmões, a criança sofreu uma parada cardíaca. Apesar de ter sido reanimada por 30 minutos, ela não resistiu.
A Polícia Civil investiga o caso como homicídio culposo, caracterizado pela ausência de intenção de causar a morte. O delegado André Veloso informou ao G1 que todas as pessoas que estavam na confraternização serão ouvidas para apurar possíveis negligências.
O delegado destacou ainda que, em situações como essa, é comum que a Justiça não aplique punições penais, considerando que os responsáveis geralmente já enfrentam intenso sofrimento emocional com a perda e a repercussão do caso.
“Todas as pessoas envolvidas serão ouvidas, né? Para verificar se houve algum tipo de negligência que levou a esse resultado. Mas é imperioso destacar que numa fase judicial, é comum que se haja um perdão. A lei entende que às vezes o autor já sofreu a repercussão do crime de forma demasiada e, nesse caso, a pena seria irrelevante”, destacou o delegado.