Neste dia 14 de agosto, comemora-se o Dia do Cardiologista. A data serve para valorizar esses profissionais que cuidam de um dos bens mais preciosos do ser humano e também alertar sobre os cuidados com o coração. Importante dizer que o Cardiômetro, indicador da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), contabilizou em seu último levantamento mais de 113.500 mil mortes por doenças cardiovasculares no Brasil desde 1º de janeiro deste ano.
Em dados mais abrangentes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também compartilha que cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem todos os anos devido a patologias cardíacas. Além disso, apenas no Brasil, segundo a SBC, estima-se que 400 mil pessoas tenham a possibilidade de morrer anualmente por problemas cardíacos. O tema, portanto, merece a atenção de toda a sociedade para que haja iniciativas de combate à doença e a normalização dos cuidados com o corpo integralmente.
De acordo com o médico cardiologista Júlio César Filho, do Instituto de Educação Médica (IDOMED), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte tanto entre homens quanto entre mulheres. Ele também ressalta a importância de estar alerta a sinais que indiquem patologias cardíacas, como dores repentinas no peito após o exercício. “Se anteriormente você realizava esse mesmo exercício e não sentia dor, mas passou a sentir, é preciso ficar atento. Além disso, se você começa a sentir cansaço sem causa aparente, as pernas incham no final da tarde e acorda à noite com falta de ar a ponto de ter que se levantar da cama para melhorar, são sinais de atenção”, observa.
O médico enfatiza que é necessário adotar bons hábitos de vida para minimizar a possibilidade de doenças cardíacas. Júlio também pontua que, embora seja mais comum em pessoas mais velhas, a doença pode surgir em crianças. “Pode ocorrer em qualquer faixa etária, por isso todos devem fazer check-up. Dependendo da idade e das comorbidades, o intervalo entre as consultas de prevenção será maior ou menor”, explica o cardiologista.
O professor e coordenador do curso de Educação Física do UNIFACID Wyden, Héllio Linhares, compartilha que as principais formas de prevenção e cuidados com o coração estão em dois eixos: alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. Isso ocorre porque “o exercício físico auxiliará na prevenção e tratamento dessas patologias cardíacas. Nesse sentido, não apenas retirará esse indivíduo do espaço e da comodidade do repouso, como também melhorará a qualidade de vida”, garante. Contudo, Héllio ressalta que, para as pessoas diagnosticadas com esses problemas, “é preciso ter uma verificação pelo cardiologista, pois é ele quem qualifica e classifica o tipo de cardiopatia, o que permite direcionar os exercícios”, destaca.
O professor também acrescenta uma distinção importante: “atividade física é tudo aquilo que fazemos para sair do repouso sem acompanhamento, como as danças do TikTok, YouTube ou caminhadas que fazemos despretensiosamente pelo shopping, por exemplo”, explica. Por outro lado, quando se busca “melhorar a qualidade de vida, se o objetivo é ganhar massa muscular ou reduzir o percentual de gordura, é necessário ter um profissional de educação física junto”, ressalta.
Portanto, para manter uma boa saúde do coração, existem vários caminhos que podem ajudar: caminhadas, musculação, treinamento de força ou resistência. É recomendado sempre buscar a avaliação de profissionais da área para identificação e tratamento de doenças cardiovasculares.