ANA e USACE promovem workshop sobre erosão interna em barragens e recebem inscrições até a próxima terça-feira (28)

A Agência Nacional de Águas e Saneamento básico (ANA) e o Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos (USACE na sigla em inglês) realizarão mais um workshop, desta vez com o tema Erosão Interna como Modo de Falha de Barragens, na próxima quarta-feira, 29 de março, das 14h às 16h. As inscrições poderão ser realizadas até 28 de março, terça-feira, por meio do link https://bit.ly/ANA-WAPAPB .

O evento busca apresentar conceitos e metodologias – adotados pelo USACE – para identificação e tratamento de erosões internas em barragens de terra, a fim de aumentar a segurança dessas estruturas. O treinamento será voltado tanto para representantes dos órgãos fiscalizadores de segurança de barragens quanto para empreendedores desse tipo de estrutura. O workshop será ministrado em inglês pelos especialistas do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos, com tradução simultânea para português, sendo que os(as) profissionais inscritos(as) receberão um link para acesso por e-mail.

As erosões internas em barragens de terra são processos de carreamento de solo provocado pelo fluxo de água no interior dessas estruturas, o que pode levar ao seu rompimento. Esse modo de falha responde por 47% a 60% das falhas em barragens, dependendo da região, segundo dados do United States Bureau of Reclamation (USBR). Esse tipo de anomalia costuma ser difícil de ser observado em estágios iniciais, podendo ocorrer por anos sem ser detectado.

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Segundo dados do Relatório de Segurança de Barragens (RSB) de 2021, existiam no Brasil 22.654 barragens cadastradas até 2020, das quais 5.474 estão submetidas à Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). Nessa base de dados, há informações sobre o material utilizado para a construção de 7.644 barragens, das quais 6.266 (82%) são feitas com terra ou rochas e podem estar sujeitas a falhas por processos de erosão interna. Já do universo de barragens enquadradas na PNSB, 3.358 são de terra ou terra-enrocamento (rochas), ou seja, 61% do total. 

Tendo em vista o grande número de barragens de terra existentes e a incidência recorrente desse modo de falha, a capacitação busca ensinar estratégias para identificar, monitorar e conter esses processos de erosão interna para evitar o rompimento dessas estruturas. 

A segurança de barragens 

Segundo a Política Nacional de Segurança de Barragens, a ANA é responsável pela fiscalização das barragens de usos múltiplos da água em corpos hídricos de domínio da União para as quais emite outorga de direito de uso de recursos hídricos, exceto para geração hidrelétrica, que são fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Os órgãos estaduais de recursos hídricos são responsáveis pela fiscalização de barramentos de usos múltiplos da água em rios estaduais, para os quais o órgão estadual é competente para emitir a outorga dessas estruturas.  

Para as barragens de acumulação de resíduos industriais, a fiscalização é de competência de órgãos licenciadores federal, estaduais e municipais, dependendo de quem emitiu a licença ambiental. No caso das estruturas para armazenamento de rejeitos de mineração, a fiscalização fica a cargo da Agência Nacional de Mineração (ANM). Já as barragens para destinação de resíduos e rejeitos nucleares, a fiscalização compete à Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN). 

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
(61) 2109-5129/5495/5103
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