ANANINDEUA HADES
Prefeito de Ananindeua é apontado em suposto uso de jatinho bloqueado para viagem ao Peru
Rota ignorada pelos radares e silêncio oficial alimentam questionamentos sobre deslocamento de Daniel Santos para a final da Libertadores
29/11/2025 15h27
Por: Redação
Foto: Divulgação

O Portal Parazão Tem de Tudo apurou informações divulgadas pelo Diário do Pará e outros veículos que reacenderam uma polêmica em torno do prefeito de Ananindeua, Daniel Santos (PSB). Segundo essas publicações, o gestor teria utilizado o jatinho Cessna Citation Jet PS-FGK — registrado em nome da Agropecuária JD Ltda., empresa ligada à sua família — para viajar até Lima (Peru) a fim de assistir à final da Copa Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, no último sábado (29).

A aeronave em questão não é apenas uma peça de luxo: ela integra a lista de bens bloqueados judicialmente no âmbito da Operação Hades, investigação conduzida pelo Ministério Público do Pará que apura suspeitas de enriquecimento ilícito e movimentações financeiras incompatíveis com a renda declarada.

Uma das reportagens aponta que o avião teria decolado de Belém, realizado escalas em Itaituba e Rio Branco, antes de seguir para Lima. Entretanto, os principais serviços internacionais de rastreamento aéreo — FlightAware e Flightradar24não exibem qualquer registro recente do PS-FGK.

A ausência de informações não é acidental: as plataformas indicam que o jato possui rastreamento restrito a pedido do proprietário, o que impede o acesso público aos dados de rota, horários e movimentações recentes. Assim, não é possível confirmar oficialmente o itinerário mencionado nas denúncias.

Documentos vinculados à Operação Hades colocam o PS-FGK entre os bens que teriam sido adquiridos no período investigado e, por isso, submetidos a bloqueio judicial. A ordem contempla veículos terrestres, imóveis, embarcações e outras aeronaves ligadas a empresas e pessoas próximas ao prefeito.

Até o momento, não há posicionamento oficial de Daniel Santos sobre o suposto uso do jatinho após o bloqueio. Também não existe documento público que confirme ou desminta a eventual viagem internacional para acompanhar a decisão da Libertadores.

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Com o avanço das apurações, cresce a expectativa por um pronunciamento oficial do gestor ou por novos desdobramentos da investigação.