POLÍCIA Horror
Corpo de contador é encontrado mutilado em quintal após 14 dias desaparecido
Casal preso no Maranhão indicou local do enterro; polícia trabalha com hipótese de latrocínio
15/11/2025 11h00
Por: Redação

A Polícia Civil de Xinguara, no sudeste do Pará, localizou na tarde de quinta-feira (13) o corpo do contador Victor Augusto da Rocha Arnaud, 53 anos, enterrado no quintal de sua própria residência, 14 dias após seu desaparecimento. A vítima foi encontrada mutilada, com cabeça, braços e pernas decepados, além de perfurações no tórax, em uma cena que chocou até mesmo os investigadores pela frieza e brutalidade.

O corpo foi descoberto após Gigliola Sena Silva, 30 anos, e Wanderson Silva de Sousa, 28, indicarem à polícia, em depoimentos separados, o ponto exato em que Victor estava enterrado. Gigliola, atualmente presa em Carolina (MA), foi ouvida por videoconferência e, mesmo negando envolvimento direto na morte, mostrou o local ao delegado, enquanto Wanderson confirmou posteriormente a informação.

Gigliola é mãe de uma menina de cinco anos, filha de Victor. Informações obtidas pela polícia indicam que o casal pode ter agido motivados por latrocínio, já que o veículo da vítima, um Jeep Renegade, foi apreendido, periciado e recolhido para a perícia.

Segundo o investigador Sílvio Dourado, da Polícia Civil de Xinguara, que acompanhou a operação ao lado do investigador Igor, o caso segue sob responsabilidade do delegado Max Miller. Ambos, que também são investigados por um crime similar em Tucumã, responderão por latrocínio e ocultação de cadáver. A Justiça autorizou a transferência dos suspeitos para o sistema prisional de Marabá.

O desaparecimento de Victor remonta a 30 de outubro, quando ele foi visto pela última vez com o casal. Nos dias seguintes, amigos e familiares notaram comportamentos atípicos: em 4 de novembro, Victor teria pedido R$ 1.600 a um conhecido para custear uma festa de aniversário, apesar de sua estabilidade financeira. No mesmo dia, fotos do cachorro do contador em seu veículo chamaram atenção, pois ele não costumava transportar o animal.

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Em 5 de novembro, uma colega de trabalho recebeu uma mensagem supostamente enviada por Victor com uma foto suspeita mostrando parte de um braço que não correspondia ao da vítima. O veículo de Victor foi localizado em 7 de novembro, após o casal ser preso em Estreito (MA) tentando atravessar o Rio Tocantins com o carro da vítima.

Durante buscas na residência de Victor, a polícia encontrou sinais de violência e tentativa de ocultação de provas: sangue em lençóis e colchão, câmeras de segurança danificadas e sem cartão de memória.

O caso segue em investigação, com a Polícia Civil descartando a participação de terceiros e reforçando que a motivação do crime possivelmente envolve roubo seguido de morte.

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